Política

Cascavel lança "Programa de Mobilidade Urbana"

Além da apresentação dos carros elétricos, também será assinado projeto de lei dos eletropostos

Foto:Arquivo
Foto:Arquivo

O prefeito Leonaldo Paranhos e o presidente da Fundetec, Alcione Gomes, lançam nesta quinta-feira (19), às 15h, em frente ao Paço Municipal, o Programa de Mobilidade Urbana que compreende uma série de ações do Governo Municipal para incentivar o uso de veículos elétricos e diminuir o consumo de combustíveis fósseis que são responsáveis por 72,6% das emissões de gases estufa (GEE), vilões do aquecimento global.

Serão apresentados os dois primeiros veículos elétricos adquiridos pelo Município e também os dois primeiros eletropostos (estações de recarga) para estes veículos. No mesmo ato, o prefeito Paranhos assina o projeto de lei que será encaminhado ao Legislativo que estabelece a instalação de postos para recarga de veículos em locais públicos, inclusive em parceria com a iniciativa privada e outros órgãos públicos.

O Projeto de Lei

A proposta que será enviada para Câmara de Vereadores prevê a gratuidade na utilização dos equipamentos públicos de recarga (eletropostos) de veículos elétricos por 24 meses e, posteriormente, tarifado conforme decreto regulamentar, isenção do pagamento das taxas de estar durante o processo de recarga (até 2 horas) de acordo com a área já disponível para estacionamento.

O projeto prevê ainda a criação de vagas exclusivas para recarga de veículos elétricos, com pintura horizontal (piso) e sinalização vertical específica, a serem instaladas pela Transitar, em até 30 dias após o secionamento e publicação desta lei, o desenvolvimento de políticas de subsídios para transporte público de qualidade com emissão zero de gás carbônico e ainda a definição de áreas específica pela Prefeitura para estacionamento de veículos elétricos alugados por meio de aplicativos (car sharing).

O Município de Cascavel também incentivará o uso de soluções tecnológicas inteligentes, a fim de promover benefícios ambientais, sociais e econômicos em favor da melhoria da qualidade de vida do cidadão e da cidade.

Quem desenvolveu?

Este programa é desenvolvido pela Prefeitura Municipal de Cascavel em parceria com a Fundetec (Fundação para o Desenvolvimento Científico e Tecnológico de Cascavel) e faz parte de um conjunto de ações desenvolvidas pelo prefeito Paranhos para transformar Cascavel em uma cidade cada vez mais humana e ‘inteligente’.

O programa tem como ótica o incentivo à mobilidade urbana sustentável, que incentiva a utilização de veículos automotores movidos à base de energia elétrica ou a hidrogênio.

Paraná

Atualmente, o Paraná tem 275 veículos elétricos, o que representa 0,003% de uma frota de 7.237.593 carros, motocicletas, ônibus e caminhões e ainda é dependente dos veículos movidos a combustíveis fósseis. Os dados do Detran (Departamento de Trânsito do Paraná) mostram que a maioria esmagadora dos veículos elétricos do estado se concentra em Foz do Iguaçu (80) e Curitiba (73). Eles estão presentes em apenas 31 cidades, o que representa 7,7% das 399 do estado.

A maior eletrovia do Brasil, instalada no Paraná pela Copel em 2018, completou 330 recargas neste ano. São 730 quilômetros de extensão, ligando o Porto de Paranaguá às Cataratas do Iguaçu, em Foz. Foram consumidos 2.914 kwh, uma média de 8 kwh por recarga, a um custo aproximado de r$ 6,75 cada.

Emissão zero de poluentes

Os veículos elétricos fazem parte do grupo dos veículos denominados zero emissões, que por terem um meio de locomoção não poluente não emitem quaisquer gases nocivos para o ambiente, nem emitem ruído considerável, uma vez que motores elétricos são silenciosos. Segundo a ABVE (Associação Brasileira do Veículo Elétrico), o uso cada vez maior de veículos elétricos e movidos a energias renováveis com certeza tem justificativas nobres, baseadas na nova economia mundial, mais sustentável, consciente e compartilhada. Porém, devido a fatores tecnológicos, baixo volume de escala e dependência de um ecossistema de infraestrutura ainda não completamente disponível, o mercado dos veículos sustentáveis ainda não estimula a participação do consumidor comum.