Saúde

Brasil ultrapassa marca de 50 milhões de pessoas com vacinação completa

A meta do governo é imunizar toda a população adulta com duas doses até o fim do ano

São Paulo - Vacinação contra covid-19 aos profissionais da saúde do Hospital das Clínicas, no Centro de Convenções Rebouças.
São Paulo - Vacinação contra covid-19 aos profissionais da saúde do Hospital das Clínicas, no Centro de Convenções Rebouças.

Brasília – O Ministério da Saúde informou ontem (17) que mais de 50 milhões de pessoas já tomaram as duas doses ou a vacina de dose única contra a covid-19, o que representa 31,9% da população acima de 18 anos de idade com a imunização completa contra a doença.

O andamento da vacinação pode ser conferido na plataforma LocalizaSUS, atualizada diariamente. Até a segunda-feira, com os dados da base nacional do PNI (Programa Nacional de Imunizações), 49.062.641 pessoas completaram o ciclo vacinal (duas doses) e outras 2.089.449 aguardam registro na base do PNI, conforme as Secretarias Estaduais de Saúde. O total, então, chega a 51.152.090 pessoas imunizadas.

O Ministério da Saúde reforça aos brasileiros que ainda não completaram o ciclo vacinal que procurem uma unidade de saúde para a segunda dose. Para que as vacinas atinjam a efetividade esperada, é necessário tomar as duas doses. No Brasil, apenas a vacina da Janssen é dose única.

A orientação é que a segunda dose seja aplicada no período recomendado, de 12 semanas para as vacinas da Pfizer/BioNTech e da Astrazeneca/Fiocruz e de quatro semanas para a CoronaVac/Butantan. No entanto, mesmo para quem perdeu o prazo, a orientação é procurar um posto de vacinação para completar o ciclo vacinal.

A meta do governo é imunizar toda a população adulta com duas doses até o fim do ano. De acordo com o registro no PNI e nos painéis das secretarias estaduais, o Brasil já aplicou mais de 168 milhões de doses, no total, sendo que mais de 70% da população (117 milhões de pessoas) acima de 18 anos de idade já está com a primeira dose no braço.

Ainda de acordo com o Ministério da Saúde, o andamento da vacinação vem refletindo na redução no número de casos, óbitos e internações pela doença. Na última semana, todos os estados e o Distrito Federal registraram taxa de ocupação de leitos covid-19 abaixo de 80%. “É a primeira vez no ano que o Brasil atinge esse índice, reforçando a importância da imunização para acabar com o caráter pandêmico no País”, informa a pasta.

Foto: ROVENA ROSA/AGÊNCIA BRASIL


EUA avaliam aplicar 3ª dose

O governo dos Estados Unidos planeja recomendar uma terceira dose da vacina da covid-19 aos americanos a partir do começo de setembro, segundo informações obtidas pela agência de notícias Reuters e pelo jornal The New York Times.

A gestão de Joe Biden deverá indicar que as pessoas tomem a nova injeção oito meses após terem completado a imunização com duas doses. A medida, que pode ser anunciada ainda esta semana, será direcionada inicialmente a quem tomou as vacinas da Moderna e da Pfizer.

Uma nova aplicação para quem tomou o imunizante da Janssen, de dose única, está em estudo, mas uma decisão sobre isso pode demorar mais tempo.

As primeiras pessoas a serem imunizadas novamente serão pessoas mais velhas que vivem em casas de repousos e funcionários da saúde. Depois, os demais idosos, de modo escalonado por faixa etária.

A medida depende de liberação do FDA, órgão que fiscaliza os medicamentos no país. Na semana passada, foi aprovada a aplicação da terceira dose das vacinas Pfizer e Moderna, mas apenas para pessoas com sistema imunológico comprometido.

Segundo o New York Times, a decisão sobre dar a terceira dose se baseia em estudos feitos em Israel, que mostraram que a proteção fornecida pelo imunizante da Pfizer às pessoas mais velhas perde força com o tempo. Uma pesquisa apontou que os maiores de 65 anos que tomaram a segunda dose em janeiro têm agora cerca de 55% de proteção contra casos graves da doença, enquanto que este índice superava 90% logo após a aplicação das duas doses.