Saúde

Baixa visão: um risco para os brasileiros míopes

Pouco conhecida, a perda visual pode afastar os brasileiros do convívio social e trazer impactos financeiros

Baixa visão: um risco para os brasileiros míopes

O Ministério da Saúde indica que até 36% da população brasileira recebeu o diagnóstico de miopia em algum momento da vida. Hoje, essas pessoas usam óculos para garantir a acuidade visual. Mas não basta apenas corrigir o problema, é necessário tratá-lo, já que a miopia é a principal causa de perda visual moderada e severa em todo o mundo.

Trata-se de um distúrbio refrativo em que a imagem se forma antes da retina, ponto que permite a captação da imagem pelo nervo óptico. Como consequência, o míope perde definição e nitidez nas imagens vistas de longe e precisa usar óculos para corrigir o problema. “O que nem todo o mundo sabe é que a miopia precisa ser tratada com o acompanhamento de um oftalmologista para evitar que progrida até um quadro de baixa visão”, alerta a oftalmologista Debora Sivuchin.

Miopia ou baixa visão?

Ser míope não significa ter baixa visão, porém o problema pode evoluir e, quando alcança visão abaixo de 20% nos dois olhos, já é considerada baixa visão. “Esse diagnóstico impacta na vida do indivíduo como um todo. Tarefas domésticas e cotidianas se tornam desafiadoras e a independência também diminui conforme o grau de correção visual aumenta”, explica a especialista.

Principais causas

Dentre as causas de miopia, a longa exposição a aparelhos eletrônicos como celular, tablet, computador e televisão têm liderado. Em seguida, leituras muito próximas aos rostos e por longos períodos até a pré-disposição genética também estão listadas. “É preciso ter atenção à exposição à luz azul. Crianças em idade de alfabetização e até menores são as mais suscetíveis aos danos que essa luz provoca. Além disso, o globo ocular da criança está em desenvolvimento e cresce em conjunto com seu organismo, por isso a exposição torna o crescimento irregular e proporciona o desenvolvimento de erros refrativos como a miopia”, alerta a oftalmologista Debora Sivuchin.

A especialista explica que “o tratamento pode consistir no uso de lentes rígidas durante a noite, mas o mais comum e amplamente indicado é uso do colírio de atropina”.

Além disso, a classe médica entra em consenso ao indicar uma forma peculiar de combater e evitar a progressão da miopia: brincar ao ar livre!

Ainda não se sabe ao certo qual o mecanismo que contribui para a redução da progressão do problema ao adotar esse tratamento, mas estudos indicam que focar a visão em objetos distantes pode ser a resposta. Independente do motivo, o esforço vale a pena: a OMS indica que reduzir a progressão da miopia em 50% combate a prevalência da baixa visão em 90%.

Fonte: www.acuvue.com.br.