Cotidiano

Arqueólogos pesquisam área em Nova Santa Rosa antes de instalação da Nova Ferroeste 

O projeto busca implementar o segundo maior corredor de transporte de grãos e contêineres do País

Arqueólogos pesquisam área em Nova Santa Rosa antes de instalação da Nova Ferroeste 

Para que uma ferrovia se instale num local são realizadas diversas etapas, antes mesmo da obra de instalação. Nova Santa Rosa, um dos municípios pelos quais passará a Nova Ferroeste, está recebendo uma destas etapas: pesquisa arqueológica. O estudo é responsabilidade da FIPE (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas) e da empresa Matis Consultoria em Arqueologia, que é especializada na gestão do patrimônio cultural e arqueológico junto ao IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico Artístico Nacional).

Nesta semana a arqueóloga, Jordana Goulart, esteve reunida com o diretor de Cultura, Fabiano Carlos Cassimiro, para fazer um levantamento sobre os saberes locais, expressões culturais, modos de fazer, música, dança, todo o imaterial cultural do município.

Conforme a arqueóloga, esta fase de pesquisa é essencial para a obtenção do licenciamento do empreendimento. “Relatamos se a instalação da Ferroeste irá impactar o ambiente de alguma forma. Ficarei em Nova Santa Rosa por alguns dias para conversar com os moradores, conhecer o Museu e outros locais de expressão cultural” explica Jordana lembrando que o intuito da pesquisa é manter e preservar a cultura local.

FERROESTE – O projeto busca implementar o segundo maior corredor de transporte de grãos e contêineres do País, unindo dois dos principais polos exportadores do agronegócio brasileiro. Apenas a malha paulista teria capacidade maior.

A área de influência indireta abrange 925 municípios de três países. São 773 do Brasil, 114 do Paraguai e 38 da Argentina. No Brasil, impacta diretamente 425 cidades do Paraná, Mato Grosso do Sul e Santa Catarina, totalizando cerca de 9 milhões de pessoas. A área representa 3% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro.

A expectativa, de acordo com os técnicos, é que pela Nova Ferroeste seja possível o transporte de 54 milhões de toneladas por ano – ou aproximadamente 2/3 da produção da região. 74% seriam de cargas destinadas para a exportação.

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