Cotidiano

Após cinco dias, 40 residências estão sem energia elétrica em Cascavel

Apesar do número expressivo de atendimentos da Copel, mesmo após cinco dias, ainda existem domicílios sem luz

FOTO: José Gomercindo/AEN
FOTO: José Gomercindo/AEN

Cascavel – Os estragos deixados pelo temporal que atingiu Cascavel no último sábado (23) ainda são visíveis em algumas regiões da cidade e também do interior.  A forte chuva acompanhada de rajadas de vento resultaram em destelhamentos, quedas de árvores e postes de iluminação pública.

Apesar do número expressivo de atendimentos da Copel, mesmo após cinco dias, ainda existem domicílios sem luz.

Eugênio de Oliveira Santos, morador do distrito de São Salvador disse que desde o temporal está sem luz. Em curtos momentos a energia elétrica chega a oscilar. “Volta a funcionar uns 10 minutos durante o meio-dia, e depois acaba. No final da tarde a mesma coisa”, conta.

O morador ainda disse que estar acumulando prejuízos diários com a falta de luz, além de ter perdido carne e outros itens de alimentação.

“Além do prejuízo financeiro, temos que buscar água no galão há dois quilômetros de casa. Perdemos leite, com a dificuldade da água os animais ficam com sede e emagrecem”, explicou Eugênio.

De acordo com a Copel (Companhia Paranaense de Energia), 40 domicílios ainda estavam sem energia elétrica até quinta-feira (28), entre as áreas urbanas e rurais.

A companhia informou que as equipes seguem trabalhando na reconstrução das redes elétricas para que o fornecimento seja normalizado. O temporal, acompanhado de fortes ventos danificou 50 postes no perímetro urbano do município.

VEM CHUVA

A previsão do tempo para este final de semana (sexta-feira, sábado e domingo), segundo o Simepar (Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná) é de mais chuva para a região de Cascavel. São esperados em torno de 15 milímetros entre os três dias.

A chuva quando cai de forma “mansa e calma” é benéfica, especialmente para recompor os mananciais que abastecem a cidade. Segundo a Sanepar (Companhia de Saneamento do Paraná), choveu 427 milímetros em outubro, mês que registrou o maior índice em 2021.

Apesar disso, ainda há um déficit de chuvas em relação à média histórica, que gira em torno de 2.500 milímetros.

 

GRÃOS PERDEM QUALIDADE

O boletim semanal 41/2021 divulgado ontem pelo Deral (Departamento de Economia Rural) informa que com a umidade do solo favorável ao plantio do feijão, a área plantada até esta semana chegou aos 88% da área total.

Apesar disso, as chuvas constantes em praticamente todo o Estado neste mês de outubro, somadas à escassez das precipitações nos meses anteriores, reduziram um pouco a qualidade das lavouras. Em torno de 91% da área plantada se apresenta em boas condições e 9% em condições médias.

Segundo a economista Jovir Esser, do Deral de Cascavel, a perda da qualidade dos grãos também se reflete no trigo, que foi praticamente todo colhido esta semana por conta do tempo firme. Ela disse ainda que os agricultores deverão replantar em algumas áreas.

“Não foi possível dimensionar em números as áreas que foram ou serão replantadas, da safra verão – 2021/2022, por diferentes eventos: excesso de chuva (com problemas de germinação), ou granizo. Mas, certamente tem áreas já replantadas ou a replantar, porém não muito significativas em Cascavel”, explica Jovir.

A economista acredita que o principal problema em vários municípios, foi a falta de energia elétrica, que prejudicou em especial o produtor de leite com a impossibilidade de resfriamento do produto.

 

(Redação: Paulo Eduardo)