Cotidiano

“Apagão” nas redes sociais Aponta necessidade de um “plano b” aos empresários

Apagão das redes sociais no início da semana apontou necessidade de “Plano B” aos empreendedores que utilizam as redes sociais

“Apagão” nas redes sociais Aponta necessidade de um “plano b” aos empresários

Cascavel – A semana começou com o “caos virtual” com a pane no Facebook, WhatsApp e Instagram que deixou aproximadamente 3,5 bilhões de usuários “fora do ar” por pelo menos 7 horas. O WhatsApp usou o Twitter para relatar a causa do incidente: “Nossas equipes de engenharia descobriram que as alterações de configuração nos roteadores de backbone que coordenam o tráfego de rede entre nossos data centers causaram problemas que interromperam a comunicação”.

As informações de que com este período de inacessibilidade e outros fatores, as ações da “big tech” (grande empresa de tecnologia) caíram cerca de 5%, o que gerou um prejuízo estimado em US$ 7 bilhões (cerca de R$ 38,1 bilhões) à companhia. Entretanto, o reflexo também foi sentido pelos micro e pequenos empresários que dependem das redes sociais para manter o empreendimento, em especial os que trabalham no ramo da venda de alimentos para consumo.

 

“Delivery”

Como forma de combater e prevenir à Covid-19, em razão dos decretos, muitos empreendedores tiveram que trabalhar de portas fechadas, ou até mesmo suspender as atividades temporariamente. A alternativa encontrada por um grande número de empresários foi expandir os negócios por meio das redes sociais. O WhatsApp, por exemplo, se tornou uma peça-chave no atendimento aos clientes.

Dulce Ragazzon, que trabalha na gestão de eventos e projetos institucionais da Amic PR (Associação de Microempresas e Empresas de Pequeno Porte do Paraná), registrou grande reclamação dos associados sobre a queda das redes sociais, pois muitos utilizam o ambiente online como ferramenta para vender e divulgar seus produtos.

Apesar de o serviço ser praticamente gratuito, hoje há uma exploração de recursos com investimentos financeiros nas plataformas online. “Uma parada destas, causa grandes prejuízos. Eu acredito que o tamanho deste dano seja proporcional a dimensão da empresa”, explica Dulce. A integrante da Amic ainda complementou dizendo que o “apagão” de segunda-feira mostrou que não há uma segunda alternativa preparada, especialmente, se tratando de vendas online. “Quem depende de internet e redes sociais já têm que pensar em um plano para a suprir a falta de internet”, alerta.

A suspensão dos serviços na última segunda-feira disparou um alerta aos micro e pequenos empreendedores, para que busquem novas alternativas diante de situação como esta.

 

Outras redes sociais

Com a paralisação do funcionamento das três redes sociais (Facebook, WhatsApp e Instagram), uma das alternativas para manter o contato online foi buscar outros aplicativos de conversação, como o Telegram, entre outros. Para quem já usa o Telegram, foi notório o crescimento de usuários desde a última segunda-feira. Isto reforça a importância dos empreendedores criarem o “plano B” apontado por Ragazzon, e não ficarem reféns de apenas um canal de comunicação.

Existem diversas possibilidades de vender de forma online, sem a necessidade de estar ligado a uma rede social, como por exemplo, a criação do próprio site, blog, ou loja online.

 

Consumidores poderão ser indenizados

O Procon (Procuradoria de Defesa do Consumidor) de São Paulo enviou uma notificação ao WhastApp solicitando informações sobre o motivo da paralisação do funcionamento do aplicativo. O órgão acredita que os clientes (empresários ou até mesmo os usuários) poderão ser indenizados por danos morais, caso consigam comprovar o prejuízo com a paralisação dos serviços. “Somente em caso fortuito externo, que é um terremoto ou um evento muito forte, poderá isentar o WhatsApp de responsabilidade”, disse Fernando Capez, diretor do órgão de defesa do consumidor.

A plataforma conta com uma modalidade para negócios, chamada “WhatsApp Business” que foi desenvolvida para atender às necessidades das pequenas empresas. Com o aplicativo, fica mais fácil se comunicar com os clientes, exibir produtos e serviços e responder a perguntas enquanto seus clientes fazem compras.

A inciativa adotada pelo Procon de São Paulo também pode ser aplicada em outros estados.

(Redação – Paulo Henrique)