Política

Aluguéis custam R$ 6,5 mi/ano

O valor gasto com locação de salas representa ainda metade do orçamento de um dos mais importantes setores: a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, que tem como previsão R$ 12,6 milhões para aplicação de ações, custeios básicos e servidores.

Aluguéis custam R$ 6,5 mi/ano

Reportagem: Josimar Bagatoli

Dos cofres públicos municipais, neste ano, serão desembolsados R$ 6,5 milhões para pagamento de locações de salas e prédios para abrigar servidores da Prefeitura de Cascavel e oferecer atendimentos à população. Esse montante equivale a um terço do orçamento anual de uma cidade de pequeno porte, como Braganey, onde vivem 5,7 mil habitantes e precisa de R$ 19 milhões para manter toda a máquina pública durante um ano.

Por mês, são R$ 544,5 mil que saem dos recursos livres da prefeitura para pagar aluguel de 52 estruturas, equivalente a 546 salários mínimos. Em um ano houve aumento de 10,6% no gasto de locações – eram R$ 492,2 mil em junho do ano passado.

Para se ter uma ideia, o total gastos no ano com aluguel é praticamente o mesmo previsto na LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) para a Secretaria de Casa Civil, Transparência, Prevenção e Combate à Corrupção, cujo teto é de R$ 6,9 milhões para 2019.

O valor gasto com locação de salas representa ainda metade do orçamento de um dos mais importantes setores: a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, que tem como previsão R$ 12,6 milhões para aplicação de ações, custeios básicos e servidores.

No acervo de imóveis há casos que, pelo tempo estimado no contrato, representa um valor significativo tanto para quem paga como para quem recebe. O prédio da Secretaria de Educação que fica na Rua Erechim, por exemplo: o contrato de 36 meses que se encerra apenas em setembro de 2020 tem valor global que supera R$ 1,5 milhão – o valor mensal é de R$ 43,5 mil. Também será pago R$ 1,5 milhão – em 60 meses – ao proprietário do imóvel do CAS (Centro de Atendimento a Pessoas Surdas), na Rua JK – o aluguel mensal é de R$ 25,1 mil.

A estrutura que mais pesa nos cofres públicos é a que fica quase colada na prefeitura. Embora seja apenas um prédio, são dois contratos que representarão um total de R$ 5,4 milhões – valor corresponde a 60 meses, com encerramento previsto para outubro do ano que vem. A despesa é rateada entre as pastas que lá estão. No caso da Secretaria de Saúde são R$ 2,9 milhões (valor global) – R$ 48,3 mil/mês. Já pela parte onde está a sede da Secretaria de Assistência, o Procon e o Território Cidadão são R$ 2,5 milhões (valor global) – R$ 42,3 mil/mês.

A mais recente locação milionária é o prédio para a Cafi (Central de Abastecimento Farmacêutico e Insumos), na Avenida Itelo Webber. A prefeitura alugou o espaço para guardar materiais da Secretaria de Saúde. O contrato de 60 meses custará R$ 2,7 milhões: R$ 45 mil/mês.