Cascavel – A duas semanas do início do Campeonato Paranaense 2016, o FCC (Futebol Clube Cascavel) corre contra o tempo para corrigir as falhas detectadas nos treinos e adquirir ritmo de jogo para chegar 100% ao Estadual.
O primeiro desafio pela competição está marcado para o dia 30 de janeiro, contra o Coritiba, no Couto Pereira. O Coxa, aliás, seria rival dos cascavelenses em jogo-treino que estava marcado para a próxima quarta-feira (20), em Foz do Iguaçu, e foi cancelado a pedido do time do Oeste.
Para não ficar sem enfrentar um adversário de qualidade em sua preparação, o FCC anunciou, na sexta-feira (15), um amistoso com o Sportivo Luqueño, time paraguaio que em 2015 chegou à semifinal da Copa Sul-Americana e se prepara para a primeira divisão do campeonato do seu país.
O jogo internacional, o primeiro da recente história do FCC, fundado em 2008, será na mesma quarta-feira, às 20h (de Brasília), no Estádio Feliciano Cáceres, em Luque (PAR).
Internacionalização
Para o técnico Charles Gbeke, o compromisso é um passo a mais na “internacionalização” da marca da equipe.
“Nosso objetivo, primeiramente, é fazer crescer essa marca e representar nossa cidade. É importante fazermos esse tipo de jogo, pois nosso time está em processo de crescimento, de entrosamento e é sempre bom testar ‘as armas’, ver exatamente como o time está. Será também um intercâmbio cultural. Estou bem empolgado como esse jogo”, disse o treinador, que no dia 24 (domingo) poderá ver sua equipe em ação contra a seleção amadora de Ubiratã, bicampeã (2009 e 2015) da Copa Amop.
Motivação extra
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De acordo com o treinador do FCC, motivação não faltará aos jogadores para o amistoso no Paraguai.
“Quando se joga contra um time grande, o jogador se valoriza. Os times europeus têm o costume de fazer sua pré-temporada nos Estados Unidos e, quando eu jogava lá, vi diversas vezes um jogador que atuava no amistoso ser contratado por times europeus. Acontece sempre, em todo verão, e a motivação é essa, pois os meninos nunca sabem quem está assistindo. Na arquibancada têm empresários e representantes de times que estão interessados. Então eu não preciso motivá-los, pois eles se motivam sozinhos”, comentou.
Jogos-treino serviram para “desenhar” o time
Com dois jogos-treino realizados na semana passada contra o D’Napolli, equipe amadora da cidade, o treinador do FCC já pôde desenhar uma base para seu time. A espinha dorsal da equipe aurinegra tem o goleiro Vinícius, os zagueiros Henrique e Américo, os volantes Sorbara e Viti, o meia Léo Maringá, o atacante Kanu e o centroavante Grafite.
Esse último foi integrado ao grupo nesta semana, enquanto Américo, recuperando-se de lesão, não participou da vitória cascavelense por 2 a 1 no jogo do último sábado – antes, na terça, o FCC havia vencido o D’Napolli por 3 a 1.
Os testes serviram também para Gbeke perceber pontos a serem corrigidos, principalmente na defesa. A observação direcionou os treinos da semana.
“Eu tinha um treinador coreano na China [o técnico Lee Jang-Soo, no Guangzhou Evergrande, em 2011] que durante o jogo anotava bastante e depois treinava os pontos fracos do time a semana inteira. Acho que peguei isso dele. Nesta semana trabalhamos bastante nosso bloco defensivo, com atividades para encurtar os espaços entre as linhas e nos demos muito bem”, disse Gbeke.
