A produção industrial do Paraná cresceu 3,4% entre setembro e outubro deste ano. É o maior resultado entre os 15 locais analisados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) no País pelo segundo mês consecutivo – entre agosto e setembro o desempenho foi de 7,7%. O índice também está acima da média nacional nesse recorte, de 1,1%.
Os ganhos acumulados foram de 51,5% nesse período, diminuindo as perdas acumuladas do ano e estimulando a geração de empregos e as atividades correlatas de comércio e serviços. Segundo o IBGE, esse crescimento é fruto do setor ampliado de máquinas e equipamentos, que tem bases sólidas na indústria do Estado.
“A indústria paranaense é muito forte e é um dos motores da retomada econômica por conta de sua diversidade e presença tanto na Capital como no Interior”, afirmou o governador Carlos Massa Ratinho Junior. “A produção começa a reviver os patamares alcançados no período de normalidade de 2019, ano em que atingimos o maior resultado do País. É uma amostra do trabalho de todos os paranaenses”.
O movimento de alta da indústria em outubro já tinha sido percebido na divulgação dos resultados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados). O Paraná abriu 33.008 novos postos de trabalho em outubro, com 8.452 empregos criados na indústria de transformação, terceiro setor que mais assinou carteiras. O Estado é o segundo que mais gerou oportunidades de emprego em 2020.
VARIAÇÃO
Houve crescimento de 4,9% na indústria paranaense na variação entre outubro de 2019 e outubro de 2020, sexto melhor resultado do País e muito acima da média nacional, que fechou em 0,3%. Esse indicador cresceu pelo segundo mês consecutivo (entre setembro de 2019 e setembro de 2020 a diferença foi de 3,1%) e mostra que o setor evoluiu mesmo em um ano marcado por um terremoto na economia.
Os segmentos com melhor desempenho em outubro foram a fabricação de produtos de metal (30,6%), produtos de borracha e material plástico (26,9%), produtos de madeira (24,1%), produtos de minerais não-metálicos (21,9%), bebidas (20,5%), móveis (18,1%), alimentos (14,2%) e máquinas, aparelhos e materiais elétricos (11,1%). Em relação a bebidas, alimentos, madeira e móveis foram os maiores resultados do País.
O Estado também cresceu 5,1% na média móvel trimestral encerrada em outubro, maior índice do País. O Brasil apontou evolução de 2,4% nesse recorte.
ACUMULADO DO ANO
O acumulado de 2020 ainda está negativo (-6%), mas já recuperou parte das perdas em relação ao ano passado – em maio essa diferença era de -8,9%. O resultado sofre impacto das baixas de dez meses na indústria de máquinas e equipamentos (-28,3%) e veículos automotores, reboques e carrocerias (-38,4%), que são reflexos de investimentos mais robustos que ficaram em stand-by neste ano.
Mesmo com a queda acumulada, há segmentos estão em alta: alimentos (9,4%), produtos de metal (7,5%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (4,6%) e bebidas (3%). O primeiro setor registrou indicadores positivos em todos os meses do ano, com destaque para setembro (17,4%), e ajudou o Estado a bater novos recordes de produção nas cadeias de carne (frango, peixes e suínos) e de exportação pelo Porto de Paranaguá.
Nesse indicador, que engloba a capacidade produtiva em dez meses de 2020 frente ao mesmo período do ano anterior, 11 dos 15 locais analisados pelo IBGE registraram indicadores negativos. O índice nacional é de -6,3%. No acumulado dos últimos 12 meses as perdas no Paraná foram de 5,2%, enquanto a média nacional foi de -5,6%.
NACIONAL
A produção nacional cresceu em oito dos 15 locais pesquisados entre setembro e outubro, na série com ajuste sazonal. Quatro das altas foram acima da média nacional de 1,1%: Paraná (3,4%), Pernambuco (2,9%), Santa Catarina (2,8%) e Região Nordeste (1,7%). Segundo o IBGE, as taxas positivas refletiram a ampliação do retorno à produção, após paralisações/interrupções causadas pela pandemia da Covid-19.
Frente a outubro do ano passado, a produção industrial aumentou 0,3% no mesmo mês em 2020, com nove dos 15 locais pesquisados indicando resultados positivos. Santa Catarina (7,6%), Pernambuco (7,2%), Ceará (6,1%), Amazonas (5,2%), Pará (4,9%) e Paraná (4,8%) puxaram os maiores aumentos.