Economia

Indústria cresce pelo 7º mês seguido e recupera patamar pré-pandemia

Industrial paranaense avalia o cenário de forma positiva, mas aguarda retomada mais intensa da economia – Crédito da foto: Gelson Bampi/Sistema Fiep
Industrial paranaense avalia o cenário de forma positiva, mas aguarda retomada mais intensa da economia – Crédito da foto: Gelson Bampi/Sistema Fiep

Curitiba – A produção industrial paranaense cresceu 1,2% em novembro, sétimo resultado positivo consecutivo e nono mês com aumento na atividade em 2020. O índice é da comparação com os meses imediatamente anteriores e está na pesquisa do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgada nessa quinta-feira (14).

O resultado mostra que o Paraná superou o patamar pré-coronavírus em 5,9%, no comparativo entre o índice de base fixa de fevereiro e de novembro, e está entre as melhores retomadas do País.

Também houve aumento expressivo no volume de produção em relação a novembro do ano passado, de 14%, maior resultado do Brasil nesse recorte. Esse salto ajudou a recuperar parte das perdas ainda acumuladas em 2020: -4,3% no ano e -3,8% nos últimos doze meses, números melhores do que a média nacional.

A produção industrial cresceu no Paraná em janeiro (1,8%), fevereiro (1,7%), maio (21,2%), junho (4,9%), julho (2,8%), agosto (3,1%), setembro (9,2%), outubro (3,5%) e novembro (1,2%). Março e abril, meses subsequentes à chegada da Covid-19, registraram perdas. Apenas Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Minas Gerais e Ceará acompanham o Paraná com nove meses de crescimento em 2020.

“A indústria paranaense é um dos motores da retomada econômica por conta de sua diversidade e presença tanto na Capital como no Interior. E ela é bastante segmentada, o que ajuda no crescimento orgânico e em cadeias bem estabelecidas”, diz o governador Carlos Massa Ratinho Junior. “A produção industrial paranaense começa a reviver os patamares alcançados no período de normalidade de 2019, ano em que atingimos o maior resultado do País”, afirma o governador.

O acumulado de 2020 ainda aponta recuo da indústria (-4,3%), mas já indica recuperação de parte das perdas – em maio essa diferença era de -8,9%, por exemplo. Os números indicam que investimentos mais robustos ficaram em stand-by pelas famílias em 2020, que usaram a injeção do auxílio emergencial para consumo mais imediato, o que afetou a atividade industrial.