A greve de médicos peritos do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) chega à terceira semana em 15 cidades do Paraná. Servidores estão promovendo a paralisação, desde o fim de março, para reivindicar reajuste salarial e melhores condições de trabalho.
De acordo com o sindicato que representa a categoria, a greve acontece nas seguintes cidades:
- Apucarana
- Arapongas
- Cascavel
- Cianorte
- Curitiba
- Dois Vizinhos
- Foz do Iguaçu
- Francisco Beltrão
- Londrina
- Paranavaí
- Pato Branco
- Ponta Grossa
- São Miguel do Iguaçu
- Telêmaco Borba
- Toledo
Segundo a Associação Nacional dos Peritos Médicos Federais, a categoria teve perdas com a inflação dos últimos anos.
Os peritos também pedem a fixação de um limite para atendimentos presenciais, que ainda não foram retomados totalmente.
Não há previsão para o fim da paralisação. Enquanto isso, a técnica em enfermagem Olívia Cristina da Silva aguarda a realização de uma perícia.
Olívia foi diagnosticada com depressão e está sem trabalhar desde 2015, após a morte da filha. Ela tinha agendamento marcado na agência do INSS de Londrina. Essa é a terceira vez que ela tenta passar pela perícia.
“Eu não posso voltar a trabalhar. Achei que ia dar certo, daí chega aqui e não tem nada”, disse.
Solicitações
O sindicato informou que os servidores estão fazendo a paralisação para reivindicar um reajuste emergencial de 19,99% e abertura de negociações com o governo.
A categoria afirma que está há cinco anos sem qualquer reposição das perdas salariais.
Os servidores também reclamam das condições de trabalho e exigem a realização de um concurso público para repor o quadro de pessoal.
A orientação do INSS é reagendar o atendimento pelo telefone 135, ou pelo aplicativo Meu INSS.
Em relação à greve, o INSS disse que não vai se manifestar.
ABR