As projeções para setor de energia de GD (Geração Distribuída), modalidade em que o consumidor gera toda ou parte da energia elétrica que consome, são otimistas para 2021. Apesar de ser relativamente nova, a GD tem se mostrado promissora no mercado brasileiro, com números importantes principalmente no ano passado. E a expectativa é de maior crescimento. De acordo com a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), o segmento deve gerar mais de 118 mil empregos neste ano e a projeção é que a Geração Distribuída receba cerca de R$ 17,2 bilhões em investimentos.
No Paraná e em Santa Catarina, a busca pela modalidade de consumo, que traz economia de até 15% na conta de luz, alavancou. De 2019 para 2020, por exemplo, os crescimentos foram de 21,06% e 72,93%, respectivamente, em cada estado, de acordo com a ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica). Além da economia de energia, essa modalidade também estimula a economia sustentável, apoiando o surgimento de geradoras de energia renováveis independentes.
“Estamos promovendo a divulgação da Geração Distribuída, pois acreditamos que é um negócio vantajoso para todas as partes envolvidas. Os números altos de novas adesões à modalidade em todo o país e nos estados em que a Gedisa está presente, Paraná e Santa Catarina, têm mostrado que é um setor muito promissor. Já estamos no setor de energia há mais de 15 anos com o fornecimento de GLP e geração de energia. Com a GD, conseguimos em um ano levar para mais de 500 clientes uma nova forma de consumir energia elétrica com desconto de até 15% na conta de luz. Só de 2019 para 2020, a empresa investiu mais de R$ 2 milhões na modalidade para atingir mais negócios com os benefícios da GD”, Wolney Pereira, CEO do Grupo Ergon, empresa especializada em soluções de energia para negócios. Dentro do grupo, a Gedisa é a empresa de administração de cooperativas de GD, que atende comerciantes, pequenas e médias empresas com transparência, praticidade e sem custo de adesão.
Para quem não tem familiaridade com o assunto, a GD (Geração Distribuída) é a modalidade na qual o consumidor gera toda (ou parte) da energia elétrica que consome e é utilizada por meio da compensação de créditos, que serão abatidos da fatura de energia. A energia fornecida pela modalidade GD, em grande parte, vem a partir de geradoras de energia renovável independentes. Esse processo somente é possível com a formação de cooperativas para que o consumo distribuído seja efetuado e, dessa forma, colher o benefício de em média 15% de desconto na fatura de luz elétrica.
Cenário da GD no Paraná e Santa Catarina cresce com a força da energia fotovoltaica
A Gedisa atende os estados do Paraná e Santa Catarina e, a cada ano, os números têm surpreendido e superado as expectativas. O Paraná já possui a Geração Distribuída em 385 municípios, com 18.530 registros de pontos de produção de energia e 19.075 unidades consumidoras beneficiárias, a maior parte sendo de fonte de energia solar fotovoltaica. Os dados colocam o estado como o quinto maior em potência instalada, com 292,5 MW, atrás apenas de grandes centros, como São Paulo e Minas Gerais. O que representa 6,4% de toda geração de energia do estado.
Já em Santa Catarina é possível encontrar a Geração Distribuída em 285 municípios, sendo o sétimo estado brasileiro em potência fotovoltaica instalada no Brasil, com 237 MW, representando 4,9%. Ao todo, são 19.009 registros de produção de GD e 25.120 unidades consumidoras beneficiárias – a maioria também é de fonte solar.
E, em todo o Brasil, o setor bateu recorde ao superar a marca de 400 mil unidades consumidoras no ano passado. Isso se aplica tanto para energia solar fotovoltaica quanto para energia hidráulica, biomassa, biogás ou eólica. São mais de 214 mil novos consumidores nos últimos 12 meses, o que representa um crescimento de 118% no período. E, desde 2012, a GD foi responsável pela atração de mais de R$ 19 bilhões em novos investimentos e gerou mais de 200 mil empregos no país.
Hoje, os consumidores residenciais estão no topo da lista de utilização da Geração Distribuída, com 68,8% do total. Depois, vêm as empresas dos setores de comércio e serviços, com 20,2%. Enquanto que consumidores rurais representam 8% e indústrias têm 2,6% da modalidade. Poderes e serviços públicos completando a lista.
Para os próximos anos, a ABGD (Associação Brasileira de Geração Distribuída) estima um potencial de negócios de R$ 50 bilhões. Além disso, a EPE (Empresa de Pesquisa Energética) também prevê que o mercado de micro e mini geração deve movimentar até R$ 70 bilhões de investimento na próxima década. Ou seja, é um setor que vem ganhando cada vez mais olhares do mercado.
“Com dados tão promissores e estudos favoráveis, o investimento em fontes energéticas inovadoras é uma alternativa para descentralizar a matriz energética, que hoje sobrecarrega as usinas hidrelétricas do país. Mesmo atrás de potências como China, Japão, Alemanha, Estados Unidos e Itália, o Brasil tem um grande potencial para evoluir neste sentido, com diferentes formas de consumir energia, mais democraticamente e menos monopolizada. Em especial, há um espaço para crescimento da GD entre as empresas e setores de comércio e serviços. Nosso objetivo nesse novo ano, é investir mais de R$ 3 milhões, triplicar de tamanho e chegar ao número de 6 mil clientes, pois o potencial da GD é gigante”, finalizou Wolney.
Sobre o Grupo Ergon:
O Grupo Ergon reúne diversas empresas que trabalham para trazer a melhor solução de fornecimento de gás e energia elétrica para seus clientes. Com consultores especializados, o fornecimento é definido de acordo com a necessidade individual de cada negócio ou condomínio, com uma proposta unificada seja para GLP sob medida com a GASLOG, ou fornecimento de energia elétrica com a GEDISA. O Grupo Ergon ainda possui as empresas MidService e GTec que prestam atendimento técnico e de manutenção, contam ainda com a Agathon, geração de energia hidrelétrica.