São Paulo – O bom humor do exterior, com os mercados americano, europeu e asiático fechando em alta, em dia de divulgação do PIB dos Estados Unidos do segundo trimestre, ajudou a aliviar a pressão do dólar ante o real nessa quinta-feira, com a moeda americana em queda de 0,60%, cotada a R$ 5,0792. Esse foi o menor valor de fechamento desde 2 de julho. A Bolsa brasileira (B3), no entanto, foi na contramão do otimismo e realizou lucros, em baixa de 0,48%, aos 125.675,33 pontos.
O PIB (Produto Interno Bruto) dos EUA cresceu 1,6% no segundo trimestre do ano, informou o Departamento de Comércio nessa quinta, ante 1,5% nos primeiros três meses de 2021. Em uma base anualizada, o crescimento do segundo trimestre foi de 6,5%. A produção está significativamente abaixo de onde estaria se o crescimento continuasse em sua trajetória pré-pandemia.
O resultado vem em linha com o tom pró-estímulos adotado pelo Federal Reserve (Fed, o banco central americano) no dia anterior, de manter os estímulos à economia dos Estados Unidos, incluindo os juros entre 0% e 0,25%. Dirigentes da entidade monetária, incluindo o próprio presidente do Fed, Jerome Powell, destacaram a importância de apoiar a economia e manter a liquidez, em um momento no qual a retomada ainda acontece de forma desigual.
Com isso, analistas afirmam que a aposta em alta mais pronunciada da taxa Selic e a perspectiva de manutenção de liquidez global farta nos próximos meses, principalmente após o tom pró-estímulos adotado pelo Fed – abrem uma janela para apreciação do real no curto prazo.
Na mínima do dia, o dólar bateu em R$ 5,0422. Apesar do tombo recente, o dólar ainda acumula alta de 2,13% em julho. A moeda para agosto fechou em queda de 0,79%, a R$ 5,0790.