Ainda faltam quase 50 dias para o Dia da Criança, mas a data é aguardada com ansiedade por quem vive do comércio, especialmente artigos importados como brinquedos e utilidades domésticas, mais conhecidos por aqui como camelôs. A instabilidade cambial e a retração da economia têm deixado as lojas quase vazias em Cascavel.
Para a comerciante Linda Domingues Ferreira, comprar em São Paulo compensa mais do que ir buscar mercadoria no Paraguai. “O dólar muda muito, às vezes nós saímos de Cascavel e chegamos ao Paraguai e a cotação já está diferente, então comprar em território nacional fica mais barato”.
De qualquer forma, fazer estoque está longe dos planos dos comerciantes, pelo menos por enquanto. “O movimento está muito fraco. Dependendo do dia, passam pela loja 40 pessoas, mas nem metade chega a comprar”.
De acordo com ela, as compras para o Dia das Crianças (12 de outubro) serão feitas mais perto da data.
Caso da comerciante Elizabete Slompo. “Para agosto nós temos uma boa quantidade de produtos em estoque, no mês que vem pretendemos comprar pensando na data comemorativa”. Para ela, ainda é mais viável comprar no Paraguai.
O representante da Associação Comercial Cristo Redentor (na Avenida Carlos Gomes), Marcio de Paula, explica que os comerciantes estão trabalhando com os produtos que têm. “Nossas vendas caíram 40% do ano passado para cá. Ficamos no aguardo de datas comemorativas para aumentar as vendas”.
O vendedor Rodrigo Forte também aposta no comércio do Dia das Crianças, quando ele espera vender pelo menos 50% a mais comparado com o restante do ano: “Segunda e terça-feira são os piores dias da semana… em alguns dias, nós atendemos no máximo dez pessoas, mas nem todas compram. Geralmente aos fins de semana e em datas comemorativas o movimento aumenta”.