Cotidiano

Saúde retoma obra da Ala Materno Infantil

Apesar da retomada, Beto Preto não deu data para a conclusão

Equipamento de R$ 3,5 milhões pode ajudar a zerar fila por exame - Foto: Assessoria
Equipamento de R$ 3,5 milhões pode ajudar a zerar fila por exame - Foto: Assessoria

 Cascavel – A retomada das obras da Ala Materno Infantil do HU (Hospital Universitário) de Cascavel foi anunciada ontem (17) pelo secretário de Estado da Saúde, Beto Preto. Iniciada em 2015 e que deveria ter sido entregue em 2017, a obra está parada há dois anos. Apesar da retomada, Beto Preto não deu data para a conclusão. Segundo ele, esse é o primeiro passo para a finalização. “Vamos retomar a obra, com recursos de emendas parlamentares no valor de R$ 1,2 milhão. Não é o suficiente para finalizar, mas, em um esforço conjunto com os deputados, podemos prever, no orçamento do Estado [para 2021], recursos para a segunda etapa. A LOA (Lei Orçamentária Anual) está indo para a assembleia, então é nesse momento que temos que garantir os recursos. Claro que estamos em uma pandemia, mas temos que olhar pra frente”, afirmou.

Ele estimou em R$ 9 milhões o valor total para a finalização da obra. Beto Preto garantiu ainda que uma das metas da pasta é colocar as três estruturas ligadas ao hospital em funcionamento: “O Pronto-Socorro está quase pronto, a Ala Materno Infantil vai precisar de recursos que vamos ter que buscar e a Ala de Queimados, temos a decisão a tomar: falta finalizar, mas está abrigando a Ala Covid. Então, peço novamente o apoio de todos para que possamos realizar o que pretendemos”, ressaltou o secretário.

Além desse anúncio, o secretário confirmou o repasse de mais oito ventiladores mecânicos ao HU e elogiou o trabalho realizado pela equipe, tanto no atendimento geral, quanto ao enfrentamento da pandemia.

 Ressonância deve zerar fila de dois anos

O secretário Beto Preto veio a Cascavel para inaugurar oficialmente o serviço de ressonância magnética no HU. O aparelho teve o custo de R$ 3,5 milhões e tem capacidade para atender até 34 pacientes diariamente. “Essa é a primeira ressonância em hospital público no interior do Estado. Um grande avanço na interiorização da saúde. E a fila para a realização desse tipo de exame é bastante demorada, cerca de um a dois anos, porque os exames emergenciais acabam passando na frente dos chamados eletivos. Então, esse equipamento vem para desafogar a fila e atender uma população gigantesca de mais 2 milhões de pessoas”, resumiu o diretor-geral do HU, Rafael Muniz de Oliveira.

Segundo ele, as equipes devem trabalhar na capacidade máxima diária, pois a expectativa é de que até o início de 2021 a fila de espera pelo exame seja reduzida significativamente, ou zerada.

O reitor da Unioeste (Universidade Estadual do Oeste do Paraná), Alexandre Webber, comemorou a conquista: “É uma das maiores conquistas da saúde pública do interior do Paraná dos últimos tempos. Antes as pessoas, além de terem que esperar muito por um exame, às vezes tinham que ir até perto de Curitiba para fazê-lo. Alguns eram contratados na iniciativa privada, mas o valor repassado pelo SUS para o exame é de R$ 248 e pagávamos mais de R$ 700, ou seja, é um grande avanço para todo o oeste”, frisou Webber.