RIO – A menina de 17 anos que teria sido vítima de um estupro coletivo em uma comunidade da Zona Oeste foi levada na manhã desta quinta-feira para o setor de ginecologia do Hospital Maternidade Maria Amélia, que é anexo ao Souza Aguiar, para fazer exames. Segundo relato do pai da jovem ao GLOBO, ela passou a madrugada no Instituto Médico Legal e já foi ouvida na Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI), que investiga o caso. A polícia já identificou dois dos criminosos, que terão as prisões preventivas pedidas.
Aos choros e ainda muito abalado, o pai da menina, que pediu para não ser identificado, disse que o estupro ocorreu na última sexta-feira no Morro São João, em Praça Seca. Links_violência_mulher
? Ela foi num baile, prenderam ela lá e fizeram essa covardia. Bagunçaram minha filha. Quase mataram ela. Estava gemendo de dor. Ficou tão traumatizada que só conseguia chorar.
A avó da vítima, em entrevista à rádio CBN, disse que ela teria sofrido um apagão durante os abusos.
? O vídeo é chocante, eu assisti. Ela está completamente desligada. Ela tem umas coleguinhas lá, mas nessa hora nenhuma apareceu.
As imagens do estupro coletivo foram compartilhadas pelo twitter na quarta-feira e causaram revolta nos internautas. A hashtag #Estupro chegou a entrar nos trending topics do país.
O homem que postou na internet o vídeo teve a conta excluída do Twitter. Nas imagens, a menina, que aparentemente está dopada, tem suas partes íntimas exibidas. O rosto de um dos agressores também aparece. No twitter, um internauta que compartilhou as imagens afirma que ela foi estuprada por 30 homens.
COMISSÃO DE DIREITOS HUMANOS ACOMPANHA O CASO
O deputado Marcelo Freixo (PSOL), presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), está acompanhando o caso da menina, que só reapareceu nesta quarta-feira.
– A comissão vai acompanhar o caso para garantir todo o atendimento à menina. Ontem (quarta-feira), a acompanhamos para fazer o exame de corpo de delito. Tentamos falar com ela, mas está muito abalada e sem condições de falar. Vamos garantir que ela tenha acompanhamento psicológico – disse o deputado.