Em meio à polêmica sobre a nova concessão de rodovias do Paraná, uma delas diz respeito à instalação de uma praça de pedágio na BR-467, entre Cascavel e Toledo. A crítica é que o trecho já está duplicado e a praça será meramente arrecadatória (tarifa de R$ 9,39). Conforme o próprio Ministério da Infraestrutura já admitiu, a praça é a mais rentável do lote, devendo arrecadar, sozinha, 31% da receita.
Coordenador do grupo de trabalho da bancada federal paranaense sobre o pedágio, o deputado federal Sergio Souza (MDB) disse que discutiu com o ministro Tarcísio de Freitas a possibilidade de retirar o trecho entre Cascavel e Guaíra do edital de concessões.
“Conversamos sobre isso na reunião da Frente Parlamentar da Agropecuária. É um trecho que já está duplicado ou tem terceiras faixas, de boa estrutura, não precisa de um pedágio ali”, disse o deputado.
Segundo Sergio Souza, a alternativa foi sugerida por prefeitos e líderes do oeste do Estado. “Tenho base política na região. Estive em reuniões por lá e me fizeram esse pedido. Acho que é justo. Não precisa de pedágio naquele trecho. Concluindo a duplicação entre Marechal Cândido Rondon e Toledo, o Estado e a União, na parte que compete a cada um, podem fazer a manutenção dessas rodovias com tranquilidade”, disse.
A praça de pedágio em Toledo é uma das 15 novas praças propostas pelo Ministério da Infraestrutura para as novas concessões do Paraná. E é uma das mais criticadas pelos paranaenses, por estar sendo prevista para uma rodovia já duplicada e em um trecho percorrido diariamente por muitos usuários que se deslocam entre Cascavel e Toledo.
Enquanto para as praças em Londrina e em Califórnia o governo federal já recuou e remanejou a posição, para a praça de Toledo não há alternativa definida e por isso a retirada do trecho da concessão passou a ser cogitado.