RIO – O governador em exercício do Rio, Francisco Dornelles, disse nesta terça-feira que ainda não definiu detalhes da reforma administrativa, que inclui cortes de salários e de cargos comissionados. Segundo o Dornelles, que descartou a hipótese de fundir as secretarias de Educação e de Ciência e Tecnologia, a reforma será feita quando houver consenso. Crise estado – 12/04
– Não há um prazo. Estamos examinando, e o fato é que precisamos administrar o tempo. Quando houver um consenso a gente fará – explicou o governador em exercício, que participou do 28º Fórum Nacional, no BNDES.
Em relação aos recursos para pagar o funcionalismo no mês que vem, o governador disse que ainda se preocupa em como honrar compromissos de maio. Ele destacou que o maior impacto para reorganizar as contas do governo passa pelo processo de renegociação das dívidas com a União. Dornelles defende que haja uma moratória de 12 meses para o pagamento de juros para que a União e os estados cheguem a um entendimento:
– Na década de 1990, quando o estado renegociou suas dívidas, o vale era de R$22 bilhões. Nós já pagamos R$ 44 bilhões, e devemos R$71 bilhões – disse Dorrnelles, que defendeu ainda uma mudança nas regras da previdência. A ideia, segundo ele, é criar faixas de contribuição. Quem quiser se aposentar por tempos de contribuição menores pagaria mais por isso
IRONIA APÓS CRÍTICAS
Dornelles minimizou as críticas sobre a condução do governo feitas pelo ex- subsecretário de Educação Cláudio Castro Lima, que na segunda-feira, após entregar o cargo, afirmou que faltaria comando no estado.
– Cada um fala o que quer. Eu respeito. Não sei se falta comando. Quem sabe falta e eu não sei ironizou.
Ele também minimizou críticas feitas pelo secretário de Assistência Social e Direitos Humanos, Paulo Mello, que reclamou do corte de verbas para o programa Renda Melhor.
– Cada secretário tem que lutar pela sua parte, e deve odiar o secretário Júlio Bueno.