Cotidiano

AEAC e NAU dão o primeiro passo rumo à precificação e valorização profissional

Debate da AEAC e NAU em Cascavel
Debate da AEAC e NAU em Cascavel

A precificação dos serviços e a valorização profissional mobilizaram duas das entidades mais representativas do setor da construção civil de Cascavel, a AEAC (Associação dos Engenheiros e Arquitetos de Cascavel) e o NAU/Acic (Núcleo de Arquitetura e Urbanismo), ligado à Acic (Associação Comercial e Industrial de Cascavel), em um debate realizado no dia 26 de outubro, na sede da AEAC, reunindo mais de 40 arquitetos urbanistas e engenheiros civis.
Conduzido pela arquiteta urbanista Larissa Cogo Rover, atual presidente da AEAC, o debate serviu como primeiro passo rumo a mudanças e definições importantes em torno das profissões. “Foi surpreendente, a começar pelo número de inscritos. Antes de iniciar o debate, fizemos alguns questionamentos para sentir se todos falavam a mesma língua, como pontos envolvendo a entrega dos projetos e as formas em que realizam as cobranças”, descreve Larissa. “Fazendo um resgate histórico, percebemos que essa preocupação se perdeu ao longo dos anos”.
Durante a conversa, foi apresentado o percentual de 5% em relação ao valor do CUB (Custo Unitário Básico) e um padrão de entrega, que será mostrado também a outros profissionais para que todos adotem a mesma metodologia de cobrança. “O debate serviu para criar uma base de valor a ser cobrado e não o valor que todos os arquitetos e engenheiros devem cobrar para o projeto arquitetônico”, destaca a presidente da AEAC.
Para a coordenadora do NAU/Acic, Bárbara Schmoeller, esse primeiro debate serviu para mostrar aos profissionais a valorização que precisa ser colocada em prática a partir de agora. “Temos buscado isso há anos e é de suma importância ter uma base, um mínimo de valor, tanto para quem está saindo da faculdade como para os profissionais com mais tempo de atuação no mercado”.
Entre os participantes do debate estava o arquiteto urbanista Ismael Valerio da Silva Junior, do Studio Ismael Valério. A questão envolvendo o percentual de 5% do CUB surgiu de uma sugestão apresentada por ele e ratificada pelos demais participantes do debate. “A ideia é criar uma padronização de mercado, até para tornar mais didática a explicação para o cliente sobre os custos do projeto”, aponta. “Com base nisso, existe um parâmetro que o Sinduscon Oeste usa que é o CUB da execução da obra”. Com esse entendimento, a proposta é a de fixar uma porcentagem em cima desse CUB para poder realizar a precificação do projeto.
O debate contou também com a participação de engenheiros civis. Entre eles estava Hamilton Kurek Junior, da Hara Engenharia. Ele considera essencial os profissionais tanto da arquitetura como a da engenharia civil se unirem em prol da valorização profissional. “Tudo parte de um ponto e esta iniciativa tem tudo para dar certo e render bons frutos”.
A arquiteta urbanista Aline Rodrigues Silveira, da Aline Silveira Arquitetura, aproveitou para parabenizar a AEAC e o NAU/Acic e fez uma análise sobre as profissões do arquiteto e engenharia civil. “Nossas profissões não são valorizadas como as outras. Temos uma responsabilidade muito grande na questão dos projetos arquitetônicos e o valor que agregamos na vida das pessoas”, salientou.
(Vandré Dubiela / Comunicação AEAC)