Agronegócio

Safrinha: Variação de produtividade deixa quebra indefinida na região

A colheita do milho safrinha avança no Paraná, onde já foi colhida 17% da área cultivada

Clima seco ajuda no avanço da colheita - Foto: Divulgação
Clima seco ajuda no avanço da colheita - Foto: Divulgação

Cascavel – A colheita do milho safrinha avança no Paraná, onde já foi colhida 17% da área cultivada. A evolução é acompanhada com bastante atenção, dado à possível quebra devido à estiagem no início do plantio.

O analista de Milho do Deral (Departamento de Economia Rural) Edmar Gervásio explica que as primeiras lavouras tiveram menor impacto na produtividade. “A previsão inicial era de uma safra de 13 milhões de toneladas de milho no Estado, e hoje está prevista em 11,4 milhões, uma perda de produção de 1,6 milhão. Geralmente são colhidas as melhores lavouras no começo, então você acaba registrando uma produtividade um pouco maior, e em seguida vêm as lavouras com menor potencial, ou que foram mais prejudicadas pela seca. A produtividade do Estado hoje está em torno de 5.200 kg a 5.500 kg por hectare”, explica o analista.

Já nos 28 municípios que compreendem o Núcleo Regional de Cascavel da Seab (Secretaria da Agricultura e do Abastecimento), os trabalhos já estão mais avançados: são 21% de área colhida e a quebra na produtividade alcança 17%, mas, pela variação das condições diferentes das lavouras nos municípios, que foram plantadas em períodos diferentes e que sofreram mais ou menos com a falta de chuva, esses números podem variar bastante. “A expectativa era de produtividade de 5.700 kg por hectare e já caiu para 4.756 kg/ha. Mas a safra está indefinida, a cada semana um município reavalia para cima ou para baixo a produtividade. Estamos acompanhando semana a semana o volume colhido”, ressalta a economista Jovir Ésser, do Deral de Cascavel.

Em relação ao ano passado, a redução é de 26% na produtividade, passando de 6.461 kg/ha para 4.799 kg/ha.

Na regional de Toledo, foram colhidos 15%. De acordo com a engenheira agrônoma Jean Marie Ferrarini, do Deral, as perdas chegam a 37% em relação à safra anterior, levando em conta a diminuição da área plantada e também o prejuízo causado pela estiagem. A produção prevista na região é de 2 milhões de toneladas do grão.

Conforme o relatório mais recente da Seab, na região oeste o rendimento por hectare deve ser 30% menor que na safra passada. Em 2019, a produtividade foi de 6.852 kg/ha e agora é de 4.800kg/ha. Já a produção deve ser 35% menor, passando de 5.156.572 toneladas para 3.326.293 toneladas.