TARIFAÇO AMERICANO

EUA podem excluir alimentos dos "50%"; Brasil ainda sem diálogo

Descubra como o secretário do Comércio dos Estados Unidos trouxe esperança para o Brasil e seus produtos exportados - Foto: Reprodução
Descubra como o secretário do Comércio dos Estados Unidos trouxe esperança para o Brasil e seus produtos exportados - Foto: Reprodução

Brasil e Estados Unidos - O secretário do Comércio dos Estados Unidos, Howard Lutnick, deu um lampejo de esperança para alguns setores do agro brasileiro. Segundo ele, produtos não cultivados em solo norte-americano podem ficar livres da taxação anunciada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para entrar em vigor a partir da próxima sexta-feira.

Entre os produtos que podem escapar da mira do presidente americana, constam o café, a manga, o cacau e o abacaxi. Esses são os produtos mais exportados para os Estados Unidos e por conta dessa declaração, os produtores desses itens já se sentem um pouco aliviados. Entretanto, nada ainda está certo.

Segundo a Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frutas, o Brasil vende, todos os anos, em torno de 2.500 contêineres ao mercado norte-americano. Sobre o café, 33% do consumo dos americanos são provenientes das lavouras cultivadas em Minas Gerais e São Paulo.

Laranja e a Tarifa Americana

A laranja não foi mencionada nessa isenção de 50% da tarifação. O Brasil é o maior produtor do fruto para os Estados Unidos. Os americanos até têm um polo produtor, que fica na Flórida, mas é insuficiente para atender toda a demanda interna e principalmente por conta do aumento dos casos da doença chamada greening e dos problemas climáticos.

“O presidente [Trump] inclui que se você cultivar algo e nós não cultivarmos, isso pode chegar a zero. Portanto, se fizermos um acordo com um país que cultiva manga ou abacaxi, eles podem entrar sem tarifa. O cacau seriam outros exemplos de recursos naturais”, disse Lutnick, em entrevista à CNBC Internacional.