O aparecimento recente de três casos de raiva bovina coloca as autoridades sanitárias em alerta máximo na região oeste do Paraná. A última confirmação ocorreu no Município de Campo Bonito, mês passado. Os exames laboratoriais confirmaram a presença da doença no animal que morreu cerca de dez dias após iniciar o aparecimento de sintomas.
Segundo o veterinário Ricardo Antonio da Silva, da Adapar (Agencia de Defesa Agropecuária do Paraná) em Catanduvas, que atende o município de Campo Bonito, o alerta vai para produtores que tenham animais doentes com sintomas típicos da doença e que não acionaram a agência ainda. “Outros casos podem estar sendo registrados e não são comunicados. Pedimos aos produtores que acionem a Adapar, é de graça e faremos todos os exames para certificar se é ou não a doença atacando o rebanho”, destacou.
Apesar de um animal dificilmente contagiar outro, a preocupação maior é com o contágio entre animais e humanos. “A transmissão pode ser feita pela saliva do animal e quando o dono percebe que ele não está comendo, muitos podem tentar alimentá-los na boca. É importante que não exista esse contato. A raiva bovina leva humanos à morte se o tratamento não for feito rapidamente e da forma indicada”, alerta o veterinário.
Todos os animais em um raio de 12 quilômetros do local do contágio precisam ser vacinados e o reforço precisa ser dado 30 dias depois.
Além de Campo Bonito, existem outros dois casos em uma mesma propriedade registrados no meio do ano em Guaraniaçu.
Sintomas
Entre os principais sintomas está a perda da coordenação motora dos animais, aumento da salivação, perda de apetite e a morte em dez dias.
O apelo da Adapar é para que os pecuaristas também comuniquem locais que sirvam de abrigo de morcegos hematófagos (que se alimentam de sangue e atacam os animais). Eles que transmitem a doença pela picada.