São Paulo – Os clientes de pelo menos 20 companhias de seguros do País (incluindo as maiores empresas) ficarão sem a garantia de guincho, caso necessário, nesse feriado prolongado. O motivo é a paralisação das empresas de guinchos e motoristas autônomos que prestam esse tipo de serviço. A categoria reclama da baixa remuneração recebida das corporações, que descumprem a tabela mínima de frete.
A exemplo da paralisação dos caminhoneiros de 2018, o movimento ganhou força pelas redes sociais, através de páginas do Facebook e grupos do WhatsApp. Lideranças informais se uniram a associações e sindicatos, que formalizaram a pauta de reivindicações.
Reunião na terça-feira (16), em Guarulhos, definiu detalhes. Entre as vozes do movimento está o guincheiro Eduardo Pinheiro, da Grande São Paulo, ele mantém contato com dezenas de grupos de WhatsApp e páginas em redes sociais.
Apelidado de “Chorão dos Guinchos”, em alusão a um dos principais caminhoneiros engajados na paralisação de 2018, o jovem é fundador da UNG (União Nacional dos Guinchos).
A classe cobra reajuste emergencial imediato, com pagamento, mínimo, a partir de R$ 2 por km rodado + R$ 150 a cada saída (por serviço feito) a até 40 quilômetros.
“Não conseguimos mais sobreviver com os valores pagos pelas seguradoras e assistências. O usuário, se viajar nessa Páscoa e vier a precisar do guincho, infelizmente, não será atendido. Nós somos a ponta desse sistema, que está praticamente nos estrangulando. A tabela não é corrigida há seis, sete anos, e as companhias não sentam pra negociar”, disse Eduardo.
O presidente da Aguisp (Associação das Empresas de Guincho do Interior de SP), Hamilton Pires Pereira, recomenda que os usuários que necessitarem acionem guinchos particulares e peçam nota fiscal e cobrar reembolso das seguradoras.