SÃO PAULO ? A captação líquida dos fundos de investimento foi de R$ 20,7 bilhões em fevereiro, o maior volume para o mês desde o início da série histórica, em 2002. O dado foi divulgado nesta sexta-feira pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima).
Segundo a entidade, a indústria de fundos acumula R$ 61,1 bilhões de ingresso líquido no primeiro bimestre do ano e de R$ 174,7 bilhões nos últimos 12 meses, os maiores valores já registrados para esses períodos, de acordo com boletim da Anbima.
Os fundos de renda fixa continuam liderando o ingresso de recursos, com captação líquida de R$ 10,1 bilhões em fevereiro e de R$ 45,5 bilhões no acumulado do ano. Com exceção dos fundos cambiais, que tiveram captação líquida negativa de R$ 47,7 milhões (resultado de captações de R$ 131,2 milhões e resgate de R$ 178,9 milhões), as demais classes de fundos tiveram fluxo positivo de recursos no último mês, inclusive os fundos de ações, que não registravam saldo positivo desde setembro.
Os fundos de ações do tipo small caps (ações de empresas de baixo valor de mercado) tiveram a maior valorização de fevereiro, com ganho de 5,09%, acumulando a maior valorização entre todos os tipos de fundos para o bimestre, de 15,31%. Já os fundos de ações indexados (que seguem algum tipo de índice) tiveram alta de 10,51% no bimestre.
?Destacam-se os papéis de companhias de menor capitalização este ano, ao contrário do registrado em 2016, quando a recuperação do mercado acionário foi concentrada em ações de empresas com elevado peso no Ibovespa?, afirma Carlos Ambrósio, vice-presidente da Anbima.
No acumulado dos últimos 12 meses, os fundos de ações indexados apresentaram maior valorização entre todas as categorias, com ganho de 52,74%, em comparação aos 39,89% do tipo small caps.
Entre os fundos de renda fixa com maior patrimônio líquido, o retorno mais expressivo foi do tipo duração alta soberano, com 2,73% em fevereiro, acumulando 4,47% em 2017. Já entre os multimercados, o tipo macro foi o destaque em rentabilidade, com alta de 2,40% no mês e de 4,55% no bimestre.