Cotidiano

Argentina propõe solução de ?comum acordo? com Venezuela

2016 913099790-201605311426321111_AFP.jpg_20160531.jpgWASHINGTON ? A Argentina, presidente temporária do Conselho Permanente da Organização dos Estados Americanos (OEA), tenta, nesta quarta-feira, aprovar um plano alternativo para enfrentar a situação política na Venezuela. A ideia da Casa Rosada é propor algo em comum acordo com o governo de Caracas, o que contrasta com o projeto apresentado ontem pelo secretário-geral da entidade, Luis Almagro, que quer evocar a Carta Democrática contra o país e pediu uma reunião entre os dias 10 e 20 de junho.

De acordo com a proposta argentina ? que tem o apoio dos Estados Unidos, Barbados, Honduras, México e Peru ? a OEA faria um ?oferecimento fraterno? à Venezuela ?de comum acordo? para uma ação que busque soluções em um ?diálogo aberto e inclusivo? dos diversos atores políticos e sociais do país. A reunião do Conselho Permanente, prevista para começar às 10h de Washington (11h no Rio) estava atrasada e não tinha previsão de horário para ser concluída.

A proposta ainda respalda a atuação de três ex-presidentes ? José Luis Rodríguez Zapatero (Espanha), Leonel Fernández (República Dominicana) e Martín Torrijos (Panamá) ? que tentam estabelecer um diálogo entre o governo e a oposição venezuelanos. A medida prevê também uma coordenação com outras frentes de negociação que estão surgindo.

Almagro, por sua vez, evocou a Carta Democrática, indicando que vê uma ?alteração constitucional? que ameaça a democracia na Venezuela. Foi a primeira vez que um secretário-geral da OEA evocou o documento. Segundo a sua proposta, os países precisam aprovar novas gestões diplomáticas e, caso isso não dê resultados, uma assembleia da OEA poderia decidir pela suspensão do país do organismo continental.