BRASÍLIA – Em 13 dos 26 estados que foram às urnas neste domingo o partido do governador foi o que elegeu o maior número de prefeitos. Em outros oito estados, ainda, a legenda de quem comanda o estado ficou na segunda posição.
Os maiores exemplos de como o comando da máquina estadual impulsiona os partidos no pleito municipal são o Maranhão, onde o PC do B de Flávio Dino subiu de 5 para 43 prefeituras, e Mato Grosso, onde o PSDB de Pedro Taques saltou de 3 para 39.
A liderança do ranking de prefeituras pelo partido do governador se repetiu tanto em estados populosos como São Paulo e Rio, como em menores, como Rondônia e Sergipe. Também foi registrado o mesmo fenômeno em Alagoas, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Pernambuco e Rio Grande do Norte.
A correlação, porém, não ocorreu em nenhum dos estados governados pelo PT. O partido foi o segundo no Acre e no Piauí, o quarto no Ceará e na Bahia e, em Minas Gerais, apenas o nono. No estado de Fernando Pimentel, o número de prefeitos petistas eleitos caiu de 113 para 41, quatro vezes que o partido que liderou, o PMDB, que conquistou 164 vitórias. Na Bahia, de Rui Costa, o PT caiu de 92 para 39 prefeituras, menos da metade das 82 do líder PSD.
O PMDB, por sua vez, é quem mais se destaca na estatística. O partido liderou o número de prefeitos em cinco dos sete estados que governa e ficou em segundo nos outros dois. Em Sergipe, de Jackson Barreto, o partido saltou de 8 para 16 prefeitos, e em Alagoas, de Renan Filho, de 25para 38.
O PSDB liderou em quatro dos cinco estados que comanda e ficou em segundo nos outros dois. Além do salto em Mato Grosso, o partido triplicou o número de prefeitos no Mato Grosso do Sul, de Reinaldo Azambuja, indo de 12 para 36, e cresceu de 53 para 77 em Goiás, de Marconi Perillo, conquistando 35 prefeituras a mais que o PMDB, segunda força no estado.
Mesmo em alguns estados em que não alcançaram a liderança, os governadores conseguiram aumentar o número de prefeitos eleitos por suas legendas, como em Santa Catarina, no Tocantins e no Piauí. No Amazonas, o PROS, de José Melo, nem existia em 2012 e agora já fez 14 prefeitos, ficando atrás apenas do PMDB, que elegeu 18.
Em outros locais, a queda no número não significa enfraquecimento. Em São Paulo, do tucano Geraldo Alckmin, a queda foi de 168 para 164 e o PSDB segue na disputa em cinco cidades no segundo turno, além de ter conquistado a capital, com João Doria Jr.. O número já obtido pelos tucanos no primeiro turno, inclusive, é exatamente o dobro dos 82 prefeitos eleitos pelo PMDB no estado.
No Rio, o PMDB de Luiz Fernando Pezão caiu de 21 para 18 prefeitos eleitos. O partido, porém, ainda disputa o segundo turno em Duque de Caxias e Petrópolis, cidades em que seus candidatos lideraram no primeiro turno. O PP, do vice Francisco Dornelles, por sua vez, foi o segundo colocado com 16, sete a mais do que o obtido no pleito anterior.