RIO – A hashtag #BestCarcass (?Melhor carcaça?) está inundando o Twitter, desde
a semana passada, de fotos de animais… mortos. O ?desafio?, criado por
biólogos, traz imagens de bichos congelados, achatados, devorados ? e tudo mais
que a natureza permite. Mas os cientistas juram: muito além de mórbido,
a batalha permite contar um pouco mais do trabalho de cada um, além de trazer à tona uma parte fundamental do ciclo da vida, a morte.
Tudo começou quando um grupo de biólogos, que estudam os carnívoros africanos e são usuários ativos das redes sociais, começaram a compartilhar suas imagens de campo. Julien Fattebert, um ecologista do Instituto Suíço de Ornitologia, lançou a hashtag.
Zebra“Todo mundo começou a compartilhar fotos de animais mortos, mais ou menos em decomposição. Claro que há um lado estético macabro nisto ? mas eu acho que algumas dessas imagens são ouro puro!”, disse Fattebert ao jornal americano “New York Times”. “A morte é inerente à vida. E algumas vezes ela é nojenta, sim. Acho que esta hashtag abriu uma janela para este lado das ciências da vida”.
SaposEle ainda escreveu no Twitter: “Não é tudo glitter nem arco-íris. Animais morrem. São mortos. São comidos. Podres. Liquefazem. #BestCarcass”.
Emanuele Biggi, por exemplo, especializado em fotografia na natureza, compartilhou uma foto de dezenas de sapos congelados em um parque na região de Liguria, no Norte da Itália.
RaposaAté mesmo um jornal alemão entrou na brincadeira, com uma foto impressionante de uma raposa congelada nos arredores da cidade de Fridingen. O editor do jornal “Schwäbische Zeitung”, Yannick Dillinger, postou a imagem com a hashtag.
O Departamento de Vida Marinha e Selvagem dos Estados Unidos (US Fish and Wildlife) também aproveitou a batalha para postar imagens de peixes congelados no estado de Dakota do Sul.