SAÚDE

Chikungunya: Cascavel mantém a ‘liderança estadual’ com 353 casos

Cascavel enfrenta um surto de Chikungunya com 353 casos confirmados. Descubra a situação atual da saúde na cidade - Foto: AEN
Cascavel enfrenta um surto de Chikungunya com 353 casos confirmados. Descubra a situação atual da saúde na cidade - Foto: AEN

Cascavel - A Sesau (Secretaria Estadual da Saúde) confirmou mais casos de Chikungunya na cidade passando a ter 353 casos confirmados da doença, no pior cenário do estado, somente neste ano. Para se ter uma ideia, dos 387 casos confirmados em todo o Paraná 353 deles são de Cascavel que enfrenta um surto da doença desde o fim do ano passado e que já desenvolveu inclusive um ciclo a mais de fumacê do que o tradicional, de cinco para seis, para tentar conter a onda desta doença pouco conhecida pelos cascavelenses.

De acordo a diretora de Vigilância em Saúde da Sesau, Rozane Campiol, a preocupação continua já que o número de casos segue aumentando mesmo com todas as ações que estão sendo realizadas. Neste último boletim, dos 59 casos positivos, 52 estão concentrados na Região Norte da cidade, principalmente no Brasmadeira, Interlagos, Floresta e Periollo. O restante são casos isolados nos bairros Universitário, Canadá, Cancelli e Maria Luiza.

“O número de casos está menor, mas já era para ter reduzido porque tiveram o fumacê, estamos mantendo as ações com a bomba costal, mas acreditamos que o clima não está ajudando, já que a chuva e o calor mais intenso acabam sendo o resultado perfeito para que o mosquito se desenvolva de forma mais rápida, já que leva de dois a três dias para desenvolver a larva quando a temperatura está mais alta como está agora”, explicou.

Além disso, a diretora afirmou ainda que eles continuam com as ações de limpeza na região e apoiando a comunidade principalmente com a colocação de caçambas nos locais aonde é necessário para que haja a remoção do lixo, que é aonde mais acumula água e desenvolve o mosquito.

De onde veio?

Sobre o início dos casos, ela disse que após um estudo feito pelo setor de Vigilância, eles avaliaram que a origem do vírus e a fenotipagem apontam que ele surgiu aqui mesmo na cidade.

“Tem alguns locais que foi retirado uma montoeira de lixo e que já está tudo sujo novamente. As pessoas precisam se conscientizar e ajudar a conter esse mosquito que transmite as doenças que trazem muitos malefícios”, salientou Campiol. Além disso, existem ainda 24 casos de dengue confirmados. A mudança da contagem ocorreu após a mudança da contabilização do ano epidemiológico, que agora será no ano vigente e não de julho a julho, como era antigamente.

No Paraná

A Sesa (Secretaria de Estado da Saúde) do Paraná publicou o novo informe semanal e confirmou neste ano 9.421 casos confirmados de dengue e quatro óbitos em decorrência da dengue. No total, 378 municípios já apresentaram notificações da doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, e 262 possuem casos confirmados.

As regionais com mais número de casos confirmados neste período epidemiológico são a 14ª Regional de Saúde de Paranavaí com 2.973 casos confirmados; 17ª Regional de Saúde de Londrina com 1.649; 12ª Regional de Saúde de Umuarama com 815 e 15ª Regional de Maringá com 801. No que se refere ao Zika Vírus, até agora nenhum caso foi confirmado.

No Brasil

No cenário nacional o Ministério da Saúde divulgou nesta segunda-feira (10) que de janeiro a março deste ano, o Brasil registrou 502.317 casos prováveis de dengue. Durante o período, foram confirmadas 235 mortes pela doença, enquanto 491 óbitos permanecem em investigação. O coeficiente de incidência no país, neste momento, é de 236,3 casos de dengue para cada 100 mil habitantes. 

Os dados são do Painel de Monitoramento das Arboviroses, do Ministério da Saúde. De acordo com a plataforma, 55% dos casos prováveis de dengue registrados este ano foram entre mulheres e 45%, entre homens. As faixas etárias que mais concentram casos são de 20 a 29 anos, de 30 a 39 anos e de 40 a 49 anos.

São Paulo lidera o ranking de estados, com 291.423 casos prováveis. Em seguida estão Minas Gerais com 57.348, Paraná com 31.786 e Goiás com  27.081. Em relação ao coeficiente de incidência, o Acre aparece em primeiro lugar, com 760,9 casos para cada 100 mil habitantes, seguido por São Paulo com 633,9, Mato Grosso 470,2 e Goiás 368,4.

Descarte de volumosos


Cada indivíduo é responsável pela destinação correta do próprio lixo, mas a Prefeitura oferece ferramentas para a população. Uma dela é a coleta gratuita de volumosos. Para agendar a coleta, é só ligar nos telefones 3902-1392 e 3902-1383 ou enviar mensagem via WhatsApp (45) 99146-1501. É preciso informar o nome completo, CPF, telefone, endereço e enviar foto legível dos resíduos. Vale destacar que a orientação é só colocar os entulhos na frente de casa no dia agendado da coleta.