CASCAVEL

Dengue: Resultado do quarto ciclo do LIRAa é de risco médio para a doença

Confira o resultado do último ciclo do LIRAa sobre a infestação de dengue na cidade. Saiba como evitar uma nova epidemia da doença - Foto: Secom
Confira o resultado do último ciclo do LIRAa sobre a infestação de dengue na cidade. Saiba como evitar uma nova epidemia da doença - Foto: Secom

O resultado do quarto e último ciclo do LIRAa (Levantamento de Índice Rápido e Amostral para infestação de dengue) foi divulgado nesta quinta-feira (7).

Com um percentual de 2,5% de infestação da doença, a cidade retoma novamente para um risco médio de dengue e a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) já alerta a população para evitar uma nova epidemia da doença, já que o preconizado pela a Organização Mundial da Saúde é de 1%.

A cidade tem neste novo ano epidemiológico 15 casos confirmados da doença, mas no ano anterior, o mosquito aedes aegypti trouxe muitos estragos para a saúde pública, já que a cidade foi a que mais registrou mortes pela doença em todo o estado, totalizando 58 óbitos e 32.326 casos confirmados, na pior epidemia da doença, superando o ano de 2021/2022 que havia sido até então o pior da história com 15 mortes e 13 mil casos.
O índice deste quarto ciclo é 1% maior do que o anterior que foi de 1,5%.

Vistorias

Nesta semana, de segunda a quarta-feira, mais de 4,7 mil imóveis foram vistoriados durante os três dias do LIRAa que apontou que o extrato 10 das regiões do Padovani, Jardim União, Santa Catarina, Faculdade 1, Universitário, Turisparque, Itapoã e Santa Felicidade, teve a maior incidência, com 5,1%.

Em segundo lugar está o extrato 6 – Palmeiras 1, Alto Alegre, Santo Onofre, Santa Cruz, Paulo Godoy e Angra dos Reis e o único extrato que ficou abaixo do índice esperado, é o 11, que abrange Pacaembu, Cascavel Velho, Jardim Itália, Veneza, Presidente, Faculdade 2, Aquarelas, Veredas e Cajati, com 0,9%.

De acordo com o secretário municipal de Saúde de Cascavel, Miroslau Bailak, mesmo sendo risco médio está muito superior ao preconizado, o que causa preocupação ao setor, visto que a cidade continua com o problema de resíduos domiciliares, locais aonde são encontrados criadouro e isso precisa ser combatido, mas é preciso o apoio da população. “Tem uma parcela da população que continua ainda com esses resíduos, e é importante combater isso antes que ocorra uma nova epidemia da doença”, frisou.

Borrifação residencial

Segundo a diretora da Sesau, Rosane Campiol, foi concluído um plano de ação juntamente com o Estado no final de outubro e agora com o resultado do LIRAa, ainda nesta sexta-feira (8) eles vão se reunir com os agentes de endemias e equipe de supervisores e coordenadores dos agentes, para definir um plano de ação voltado a esse enfrentamento. “Vamos trabalhar com a borrifação residual interna ou intradomiciliar, ou seja, identificar os locais onde tenha o mosquito ao lado”, disse Campiol.

Nestes locais onde tem uma grande aglomeração de pessoas que podem ser picadas pelo mosquito será feita uma aplicação de inseticida nas paredes, que tem um efeito residual de até dois, três meses, com objetivo de matar o mosquito alado nesses locais de grande aglomeração. “Em paralelo, vamos trabalhar com as ovetrampas, nas áreas mais frias, onde serão colocadas essas armadilhas para a gente ver e monitorar ali quinzenalmente, mensalmente, a quantidade de ovos que estão sendo depositados”, salientou.

Conforme Campiol, com base nesse quantitativo de ovos que são depositados nessas ovetrampas, será feito um planejamento de uma ação local, migrando as equipe para os locais onde tenha maior incidência de larvas ou de ovos.