Em meio a uma montanha russa no sobe e desce da valorização da arroba do boi no Oeste do Paraná, o preço médio atual na praça segue a R$ 225, assim como em tudo o Estado. Entretanto, há relatos e casos isolados de produtores comercializando a arroba do boi a R$ 300, na região Noroeste do Estado. “Temos uma perspectiva de que nesse primeiro semestre essa estabilidade se mantenha, com o preço sem tendência de aumento. Há uma probabilidade de baixar ainda mais”, avaliou o pecuarista Lindonez Rizzotto, presidente da Padrão Beef, em entrevista ao Jornal O Paraná.
Conforme o pecuarista, o mercado está relativamente bem abastecido. “Não percebemos problemas de falta de boi para abate e estamos realmente estáveis. Temos uma ligeira tendência de aumento em São Paulo, mas não está refletindo ainda. A notícia boa é que, em abril, atingimos o recorde de exportação da carne in natura para a China”.
Para os especialistas do setor, o mercado segue acomodado com o ritmo das negociações razoável, no período que antecedeu o feriado de 1º de maio. Por sua vez, as indústrias alcançaram uma escala mais cômoda de abate, consolidando bons negócios na semana anterior.
Para esses primeiros quinze dias de maio, o ponto relevante de consumo da carne bovina, pode gerar consolidação de preços no curto prazo. Porém, o quadro climático preocupante, com a ausência de chuvas na região Centro-Norte do Brasil, em consonância com as temperaturas acentuadas, tende a resultar em um desgaste nas pastagens.
Já no mercado atacadista, o ambiente de negócio prevê uma alta de preços no decorrer da quinzena, por conta do alto apelo ao consumo. Importante ressaltar o adicional de demanda por parte das comemorações alusivas ao Dia das Mães, tido com o segundo melhor ponto de consumo em todo o ano.
Recente levantamento apresentado pelo Governo do Paraná mostra que 32% do PIB (Produto Interno Bruto) do Estado, que é a soma das riquezas produzidas, é oriundo da chamada Economia Verde, equivalente a R$ 140 bilhões.
Do total, 40% são atribuídos à agropecuária, totalizando R$ 56 bilhões. O agronegócio foi o setor que mais favoreceu a economia verde paranaense, à frente do setor de serviços, com 37% e R$ 51 bilhões e das indústrias, com 23% de participação, somando R$ 32 bilhões. O relatório é resultado do estudo feito pelo Ipardes (Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social).