SÃO PAULO ? O Museu da Língua Portuguesa, atingido por um incêndio em dezembro, deverá ser reaberto em 2018. O projeto de reconstrução terá início nesta segunda-feira e parte dos recursos necessários para a obra e compra de novos equipamentos virá de contribuições de empresas portuguesas no Brasil. A Fundação Roberto Marinho, que é parceira do museu, irá coordenar essa captação.
O presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, em visita ao prédio da estação da Luz (local onde fica o museu), afirmou que há um compromisso firme de empresários em apoiar esse projeto. O seguro, de R$ 42 milhões, deve cobrir cerca de dois terços do necessário para o museu voltar a funcionar. Esse grupo de empresas deve contribuir com boa parte dos R$ 20 milhões que ultrapassam a cobertura do seguro.
? O seguro paga dois terços da reconstrução. Vai ser um museu do futuro, voltado para o digital. Várias empresas portuguesas no Brasil vão contribuir. As obras terão início até o início do ano que vem e acredito que o museu vai ter condições de reabrir em 2018 ? disse a jornalistas neste domingo.
Sousa, que veio ao Brasil para a cerimônia de abertura das Olimpíadas do Rio, já esteve reunido com o presidente da Fundação Roberto Marinho, José Roberto Marinho, com o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, e com o secretário-adjunto da Cultura, José Roberto Sadek.
Para ele, o Brasil é o país que mais tem condições de promover a cultura da língua portuguesa.
Sedek afirmou que as obras emergenciais custaram cerca de R$ 3 milhões e que amanhã terá início a fase de projeto civil, que irá determinar como será feita a intervenção e o que é necessário. As obras de fato devem começar entre o final do ano e início do ano que vem.
— O seguro não vai cobrir tudo, até porque vamos usar equipamentos de proteção e exposição mais modernos do que os existentes há 15 anos, quando o museu foi planeja. Vamos usar os equipamentos mais modernos possíveis — afirmou.