RIO e SÃO PAULO – O Rio foi a capital do Brasil onde comprar e alugar imóvel comercial ficou mais
barato em 2016. Com a recessão, o preço de locação de propriedades comerciais no
país recuou 7,92% no ano passado, segundo o índice FipeZap, enquanto o valor de
venda teve queda de 3,21%. No Rio, o aluguel caiu 14,40%, e o preço de venda,
6,13%.
Nas outras três cidades monitoradas pelo FipeZap, as retrações foram menores.
Em São Paulo, a redução de preço de venda foi de 2,44%, em Belo Horizonte, de
2,72%, e em Porto Alegre, de 0,20%.
De acordo com o FipeZap, no Rio, o Leblon segue como o bairro com o metro
quadrado comercial mais caro para venda, valendo R$ 36,8 mil. Ipanema vem na
sequência, com o metro quadrado vendido a R$ 26,3 mil. Na outra ponta dos
preços, aparece o bairro de Madureira, com o metro quadrado valendo R$ 4,9 mil,
e Pilares, por R$ 5,5 mil.
O valor médio nas quatro cidades acompanhadas pelo FipeZap ficou em R$ 10.260
para venda e R$ 44 para locação.
Embora o Rio continue com o metro quadrado mais caro para a compra, São Paulo
ultrapassou a capital fluminense nos preços para a locação e agora tem o valor
mais alto de aluguel: R$ 47 por metro quadrado, só R$ 1 superior ao cobrado no
Rio de Janeiro. Belo Horizonte e Porto Alegre encerraram o ano com o metro
quadrado a R$ 32 para a locação comercial.
Olhando os dados relativos à dezembro, as variações de locação e venda foram
negativas, mas já próximas à estabilidade. Com relação a novembro, os preços do
metro quadrado de venda e aluguel no país caíram 0,03% e 0,02%, respectivamente,
mostra a pesquisa.
Se levada em conta a inflação de 2016 (6,29% segundo o Índice de Preços ao
Consumidor Amplo – IPCA, medido pelo IBGE), a queda real dos preços atinge
13,36% nos aluguéis e 8,93% nos preços de imóveis comerciais à venda no Brasil
no ano passado.
IMÓVEL COMO INVESTIMENTO
A Fipe comparou o desempenho dos imóveis comerciais como investimentos. E, quando colocado ao lado do CDI, taxa de juros usada para remunerar algumas modalidades de investimentos e que é calculada com base nos juros de empréstimos entre bancos, mostra que quem investiu em imóveis comerciais perdeu em 2016.
Enquanto o CDI rendeu 14,0%, os proprietários de saletas que estavam locadas tiveram um retorno médio de 2,0% (fruto da combinação entre o recebimento dos aluguéis e da desvalorização de seus ativos).