Rio de Janeiro – A ferramenta Monitora Covid-19, da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), que acompanha a evolução da pandemia da covid-19 no Brasil, registrou domingo (31) 311,43 óbitos na média móvel de sete dias. É a menor média desde 28 de abril do ano passado, logo após o início da pandemia no país, quando foram 325,14 mortes. Até o momento, os dados oficiais do Ministério da Saúde mostram o acumulado de 607.824 óbitos pela doença desde março de 2020. No mundo, são 5,017 milhões de mortos por covid-19, segundo o site Worldometer.
Os picos dos óbitos pela doença ocorreram no dia 1º de abril deste ano, com 3.117,43 registros na média móvel, e no dia 12 de abril, com 3.123,57 mortes. Entre os dias 17 de março e 10 de maio, foram mais de duas mil mortes diárias por covid-19 no Brasil. Até o dia 6 de junho houve queda nos óbitos e entre 13 e 22 de junho os números voltaram a ficar na faixa das 2 mil mortes por dia, caindo desde então. Desde o dia 4 de outubro os registros estão abaixo de 500 óbitos diários.
No ano passado, após a ascensão da curva, o Brasil registrou na faixa de mil mortes por dia entre 25 de maio e 25 de agosto, tendo um pico de baixa no dia 11 de novembro, com 323,86 óbitos na média móvel de sete dias.
Casos
O monitor indica também o registro de 11.505 novos casos no dia 30 de outubro, em médias móveis. A curva ficou acima dos 60 mil casos entre os dias 6 de março e 29 de junho, com picos de 77.327 casos no dia 24 de junho e de 77.129 em 27 de março. A queda nos registros vem ocorrendo desde 27 de julho, chegando a 15.052 no dia 17 de setembro e pico acima dos 30 mil casos na média móvel entre 18 e 24 de setembro, ficando abaixo dos 20 mil desde então.
O registro de casos novos chegou a 9.806 no dia 17 de outubro, nível de 14 de maio do ano passado. O país acumula 21,8 milhões casos da doença desde o início da pandemia e o mundo 247,6 milhões.
No mapa de tendências da Fiocruz, Roraima, São Paulo e Distrito Federal apresentam redução de casos nos últimos 14 dias, e o Rio Grande do Sul está com crescimento. Todos os demais estados estão com manutenção da tendência.
Paraná tem menor registro em 16 meses
Curitiba – Um levantamento da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) realizado ontem (1º) mostra que em outubro o Paraná registrou o menor número de óbitos em decorrência da Covid-19 desde julho de 2020, retomando aos patamares do começo da pandemia. Além disso, a positividade dos casos teve redução de 61,5% no mês, comparado a setembro.
Segundo o balanço, 21.959 casos e 700 mortes foram registradas nos últimos 31 dias. Os óbitos reduziram em quase 47% em um mês (foram 1.319 em setembro) e mais de 60% dos municípios do Paraná não tiveram registro de mortes. O Estado não apresentava números tão baixos desde o primeiro semestre do ano passado, três meses após a confirmação dos primeiros casos no Paraná. O resultado reflete na média móvel nacional de óbitos, que é a mais baixa desde abril de 2020.
Em maio do ano passado foram 5.138 casos confirmados e, em junho, 614 mortes. Desde então os números só aumentaram, chegando aos maiores registros em março (6.457 óbitos) e maio (194.088 casos) de 2021, caindo, desde então, cada vez mais rápido. Até 31 de outubro, 1.549.090 casos e 40.291 óbitos foram confirmados no Estado.
“A redução no número de casos e mortes demonstra a efetividade e segurança dos imunizantes contra a Covid-19. Quanto mais o Paraná avança na vacinação, menos pessoas contraem o vírus e adoecem, o que consequentemente diminui o risco de agravamento da doença que pode levar a morte. Mesmo assim, continuamos enfrentando a pandemia e realizando acompanhamento diário do cenário epidemiológico, conforme a orientação do governador Ratinho Junior”, afirmou o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto.
O Paraná já aplicou mais de 15,8 milhões de imunizantes, sendo 8.582.728 primeiras doses (D1) e 6.828.409 segundas doses (D2) ou doses únicas (DU), além de 39.586 doses adicionais (DA) e 386.502 doses reforço (DR). Estes dados representam mais de 100% da população adulta (estimada pelo Ministério da Saúde em 8.720.953 pessoas) vacinada com a D1 ou DU, e 77,3% com a D2 ou DU.
(AEN)