O Ministro da Agricultura da Namíbia, Carl Schlettwein, relatou a detecção de uma nova cepa da febre aftosa no país, que infectou milhares de cabeças de gado. A doença viral, que causa lesões em bovinos, ovinos e outros animais, mas não afeta as pessoas, foi detectada pela primeira vez em maio na região do Zambeze, que faz fronteira com a vizinha Zâmbia.
Mas, apesar das altas vacinações nos rebanhos afetados, as autoridades preocupadas observaram que as taxas de infecção permaneceram altas e decidiram investigar mais. “É importante ressaltar que o novo sorotipo O da febre aftosa também causa casos clínicos em cabras e ovelhas e pode propagar a doença a outros animais suscetíveis”, disse o ministro Carl Schlettwein em um comunicado.
O ministro disse que a nova cepa foi detectada no início de agosto pela primeira vez no país da África Austral, acrescentando que as investigações descobriram que ela foi introduzida no país a partir da Zâmbia através do movimento ilegal de gado através da fronteira.
Schlettwein alertou que as exportações de carne da Namíbia, que pode exportar carne para a China, UE e Estados Unidos, podem ser afetadas pelo último surto. “Também afetará negativamente os acordos comerciais que a Namíbia assinou recentemente com países, como Gana, sobre a exportação de carnes e derivados”, disse.
Na Angola, uma cepa também foi identificada. “Para evitar o alastramento da doença em Angola, que pode provocar danos incalculáveis à saúde humana e financeira ao Estado, as administrações municipais do Rivungo, Dirico, Calai e Cuangar estão orientadas a travar a circulação de animais entre a Namíbia, Angola e a Zâmbia”, disse Victorino Filipe, ministro da Agricultura do país.
Via: Redação/Agro Link