Política

CPI debate fim do aterro e faz novas convocações

Toledo – A CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) criada para investigar a coleta de resíduos recicláveis em Toledo voltou a se reunir ontem. Presidida por Airton Savello e tendo Neudi Mosconi como relator e os membros Luís Fritzen, Corazza Neto e Ademar Dorfschmidt, desta vez ouviu o engenheiro da Secretaria de Meio Ambiente Flávio Augusto Scherer sobre o Plano Municipal de Coleta Seletiva de Resíduos e aprovou a convocação do presidente do Conselho de Meio Ambiente, Robert Hickson, da integrante da Associação dos Catadores de Toledo Sebastiana Correia dos Santos de Carvalho e da representante da Coopertol, Serli Correia dos Santos Almeida.

Mudanças

A coleta seletiva de Toledo deve mudar com a coleta conteinerizada, que fará a separação dos resíduos na origem e cobrirá inicialmente a área central e mais três bairros, mas exigirá investimentos em equipamentos. As informações são do engenheiro civil Flávio Augusto Scherer, da Secretaria de Meio Ambiente, que falou à CPI sobre a situação, os desafios e as perspectivas da coleta seletiva em Toledo.

Atuando há 12 anos como servidor e hoje lotado na Secretaria de Meio Ambiente, ele disse que são necessários um caminhão para içamento dos contêineres no valor de R$ 700 mil e um para higienização dos contêineres após o uso, que custa cerca de R$ 500 mil, estimando que os investimentos devem chegar a R$ 5 milhões. A melhora da coleta deve reduzir o lixo enviado ao aterro sanitário, que já está no limite.

Segundo o engenheiro, o projeto do atual aterro previa seis camadas, mas já chegou à oitava, indo para a nona. O novo aterro só deve ser viabilizado ano que vem.

Ecopontos

A coleta seletiva em Toledo envolve ainda a implantação de Ecopontos, num total de sete.

Também está prevista a contratação de um aterro de construção civil e foi adquirido um triturador de grande porte há poucos dias para tratar de resíduos de maior dimensão, como sofás, que são transformados em cavacos. Além disso, foi constituída a Coopertol, que deve melhorar a coleta de recicláveis.

Segundo o engenheiro, todos os locais definidos para Ecopontos devem passar por discussão com as comunidades e vão ajudar, embora não vão solucionar o problema de destinação de resíduos. Para o engenheiro, é preciso oferecer alternativa à destinação em beira de estrada e fiscalizar, multando quem não seguir o sistema.

Flávio Augusto disse que Toledo tem o terceiro maior aterro sanitário do oeste do Paraná, mas isso não é motivo para se acomodar, pois há 15 anos o foco era muito diferente e hoje a população cobra ações do meio ambiente.