Brasília – Quem mudar o horário de maior consumo de energia da noite para o dia poderá pagar menos. A novidade poderá entrar em vigor a partir de janeiro do ano que vem, quando a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) anunciou o início da vigência da tarifa branca. A estimativa é de que seja possível gastar entre 10% e 20% a menos.
A tarifa branca é um regime tarifário que considera o horário do consumo para definir o preço da energia. Atualmente, o consumidor paga o mesmo valor pela energia em qualquer horário do dia, seja manhã, tarde, noite e madrugada.
Com a tarifa branca, a energia fica mais cara por três horas no momento em que a rede tem mais demanda, como dias de semana, normalmente entre 18h e 21h. Uma hora antes e uma hora depois do horário de ponta, o custo será intermediário. Nas demais horas do dia, ela será mais barata. Nos fins de semana, não haverá essa diferenciação.
No entanto, para ter acesso à tarifa branca, é preciso solicitar a migração para a distribuidora. Essas empresas terão 30 dias para instalar um novo medidor, capaz de verificar o consumo de acordo com o horário. Não haverá custo para o consumidor.
Restrições
Inicialmente, apenas aqueles com consumo acima de 500 quilowatts-hora (kWh) por mês poderão solicitar o serviço, além de ligações de novos clientes. A Aneel estima que esse grupo represente 4,5 milhões de clientes.
A partir de janeiro de 2019, aqueles com consumo superior a 250 kWh por mês poderão migrar, ou cerca de 15,9 milhões de clientes. A partir de janeiro de 2020, qualquer pessoa poderá solicitar a migração para a tarifa branca. Em média, uma família brasileira consome cerca de 150 kWh mensais.