Saúde

Cervejarias param produção e doam cilindros de oxigênio para hospital no Paraná

Dezessete cilindros foram levados para o Hospital Regional Estadual de Clevelândia

Cervejarias param produção e doam cilindros de oxigênio para hospital no Paraná

Hospitais do Paraná começam a enfrentar problemas no fornecimento de cilindros de oxigênio.

Nos últimos dias, cervejarias da região sudoeste chegaram a paralisar as produções para emprestar cilindros para a rede municipal de saúde de Clevelândia. A campanha começou pela cervejaria Insana e ganhou a adesão de outros produtores da região: Formosa e SchafBier.

A doação de 17 cilindros usados na fermentação das bebidas, pelas cervejarias, aconteceu após um apelo de um dos empresários do ramo nas redes sociais, pedindo ajudas a colegas para ajudar o hospital da cidade.  “Recebi a informação de que Clevelândia estava com dificuldade de fornecer oxigênio e no mesmo momento entrei em contato com a fábrica para saber o que tinha disponível para ajudar. Paramos parte da produção porque usamos o oxigênio para a fermentação do produto”, comentou o empresário que coordenou a campanha, Pedro Reis.

As doações foram entregues ao Hospital Regional Estadual de Clevelândia, que tem capacidade para atender com até 40 cilindros diários, agora conta com quase 60 no tratamento contra a covid-19.

De acordo com o chefe da regional Regional de Saúde de Pato Branco, Anderson Nesello, fornecedores de cilindros de oxigênio estão com dificuldade para dar conta da alta demanda de 12 hospitais da região sudoeste do Paraná. Ele explicou ainda que há oxigênio para os pacientes, mas os cilindros que fazem o armazenamento estão em falta. “Os cilindros estão sendo levados para a distribuidora para o envasamento do oxigênio. O produto não está em falta, o problema é a falta do cilindro, o que gerou a campanha. Foi retirado o oxigênio usado nas indústrias e envasado o de pureza de no mínimo 95% para o consumo humano. Não precisa de adaptação do cilindro, apenas a higienização”, esclareceu Nezello.

O diretor acrescentou que o perfil dos pacientes com covid-19 atendido em 2021 pela unidade é diferente do registrado ao longo da pandemia no passado, pois os quadros clínicos são mais graves, gerando assim mais demanda por oxigênio.

De acordo com ele a solução é paliativa, enquanto os pedidos feitos a usinas menores de oxigênio não são entregues aos hospitais.

A grande demanda por medicamentos para intubação é outro desafio para as autoridades da região sudoeste.