Cascavel – Empossado na manhã dessa sexta-feira (29) como presidente da Amop (Associação dos Municípios do Oeste do Paraná), o prefeito de Cascavel, Leonaldo Paranhos, elencou as principais prioridades de seu mandato frente à entidade municipalista oestina.
O evento, restrito a poucas pessoas por conta da pandemia do novo coronavírus, reuniu parte da nova diretoria da entidade. Paranhos substitui na presidência da Amop, para mandato de um ano, o ex-prefeito de Matelândia Rineu Menoncin (Texeirinha).
“Vou agir com muito respeito aos colegas prefeitos e prefeitas, pois sempre entendi que a entidade deveria ser comandada por um gestor de cidade de menor porte, porque essa é a característica marcante da Amop: representar principalmente os pequenos municípios. Por isso, nunca disputei uma eleição”, afirmou. “No momento em que os colegas optaram em me elevar à condição de presidente, por unanimidade de votos, entendi que foi o reconhecimento por sempre ter participado das reuniões da entidade, não apenas como prefeito da cidade anfitriã, mas por entender a relevância dos debates travados nesta casa”.
Paranhos disse que dará “continuidade ao histórico trabalho desenvolvido pelos presidentes que me antecederam, buscando oferecer maior visibilidade a uma região que merece e precisa ser mais vista, que gera alimentos para o mundo e que, diferentemente de outras regiões do Brasil, tem abundância de empregos e oportunidades para a sua gente”.
Prioridade
Neste primeiro momento, o novo presidente da Amop vai direcionar as atenções da diretoria à busca pela vacina contra a covid-19 para os professores da rede municipal de ensino. A Amop vai encaminhar uma moção solicitando ao ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, que priorize esse público-alvo na lista prioritária de pessoas a serem imunizadas contra a doença. Cópia dessa carta será entregue, no dia 4 de fevereiro, ao presidente da República, Jair Bolsonaro, que estará em Cascavel para a inauguração do CNTA (Centro Nacional de Treinamento de Atletismo).
A ideia é inserir profissionais de Educação, que, somente no oeste, são cerca de 15 mil a 18 mil, para receber doses extras de vacinação, respeitando outras regiões do Paraná.
Outra ação é ampliar o debate sobre as novas concessões de pedágio no Paraná e buscar inserir, no contexto da renovação das concessões de rodovias, a reabertura da Estrada do Colono, que liga as regiões oeste e sudoeste do Paraná. “Entendemos que o momento mais oportuno é este. Não nos opomos até mesmo à cobrança de uma tarifa ecológica para a passagem de veículos pelo trecho, que se reverta na criação de um fundo regional de alcance ecológico”, sugere.
Nos próximos dias, a Amop promoverá um debate com representantes de entidades da sociedade organizada regional para abordar o tema pedágio, antes que se iniciem as audiências públicas programadas para fevereiro. “Coesos e falando a mesma língua, teremos mais força para apontar as nossas necessidades”, comentou.
Paranhos é o sexto prefeito de Cascavel a presidir a Amop. Os demais foram Jacy Scanagatta, Fidelcino Tolentino, Salazar Barreiros, Edgar Bueno e Lísias Tomé.
Retomada econômica
O prefeito Leonaldo Paranhos disse que o oeste do Paraná e Cascavel são exemplos ao Brasil, apesar da pandemia, como potência econômica marcada pela criação de empregos e investimentos públicos e privados. “Os números não mentem, mostram que, enquanto parte do Brasil ficou estagnada, olhando para a crise da saúde, administramos a economia, não através de decreto, uma característica de Cascavel, a nossa vontade, quando chamam para o enfrentamento, vamos para a briga”, disse Paranhos. “Isso mostra o nosso DNA. Temos expertise em enfrentar crises que nos desafia a trabalhar mais. O oeste e Cascavel são exemplos para o Brasil. Insisto em chamar a atenção das autoridades de nível estadual e federal para olharem para Cascavel com outros olhares. Aqui, produzimos alimentos para o Brasil e para o mundo, e precisamos consolidar esse grande arranjo produtivo de alimentos, da cadeia produtiva, do agronegócio, metalmecânica, para fazer justiça, inclusive para quem está produzindo comida, renda e emprego”, diz Paranhos.