O prefeito Leonaldo Paranhos determinou às Secretarias de Finanças e de Planejamento de Cascavel estudos para tomar ações administrativas financeiras, em função do momento atual com a crise do coronavírus, as medidas que estão sendo tomadas para frear a propagação do vírus e a consequente perda da arrecadação.
“Não contávamos com esse imprevisto, que nos tira musculatura financeira. Todas as nossas ações serão de garantia à vida das pessoas. Se tiver que paralisar obras ou fazer remanejamentos dentro e fora da Secretaria de Saúde, faremos”, afirmou Paranhos.
O prefeito garantiu estudos para que os pagamentos não sejam prejudicados. “Nós já determinamos um estudo para garantir o pagamento da folha de pagamento dos servidores, que chega a mais de R$ 30 milhões mensais. Vamos garantir também o pagamento dos fornecedores dos produtos e dos serviços que envolvem a Secretaria de Saúde, mais precisamente no combate e no enfrentamento desse vírus”, acrescentou.
Pagamento do IPTU
Paranhos também solicitou estudo para que a arrecadação do IPTU – uma das principais fontes arrecadadoras do Município – não seja prejudicada. “Não temos como abrir mão dessa receita tão importante, principalmente em um momento como esse. Vamos criar alternativas. Não poderemos deixar da forma como está porque o pagamento no dia 15 de abril com certeza trará para a prefeitura um grande número de pessoas, o que não é recomendável”, disse.
Nesta quarta-feira a Secretaria de Finanças deve apresentar ao prefeito uma alternativa para atendimento dos contribuintes no dia do pagamento para que não haja aglomeração de pessoas. Entre as opções estão a distribuição de senhas e até a instalação de pontos de pagamento em vários locais para que o contribuinte não precise se deslocar até a prefeitura.
Nova data?
Durante a sessão de ontem (17) na Câmara, o vereador Pedro Sampaio (PSDB) solicitou ao prefeito que viabilize o adiamento da cobrança de IPTU, lixo e outros tributos das empresas e pessoas físicas que tiverem prejuízos em seus negócios em função da covid-19.
Segundo o vereador, muitas atividades produtivas, de comércio e de serviços, serão afetadas com a redução ou suspensão do seu funcionamento.
“No meu entendimento, esses empresários estão preocupados com seus empregados, dispensando-os e colaborando para que não haja aglomerações”, ponderou o vereador.
Sampaio disse ainda que uma postergação na cobrança de taxas e tributos não irá afetar drasticamente os cofres públicos, mas amenizará a inevitável queda nas receitas por períodos prolongados.