Na minha percepção, o desejo mais profundo de todas as pessoas é ter relações bem-sucedidas, viver um lindo romance. Todas as pessoas desejam o sucesso, mas o desejo desse sucesso precede todos os outros. Consciente ou inconscientemente, todas as pessoas desejam uma relação feliz.
Precisamos sempre lembrar que existem Leis Sistêmicas que regem todas as relações e é claro que regem a relação de casal. Quais são essas leis? Como elas apoiam a relação de casal?
Primeiro olhamos para a própria família. Todos pertencemos a uma família, a uma história. Então, a primeira lei que validamos é o pertencimento.
Considerando então o pertencimento, qual é a nuance do sistema? O que acontece na sua família quando você olha para os relacionamentos?
É importante considerar a história familiar, identificar quais as nuances, ou seja, como a sua família vê as relações, como experimentam as relações. Os casamentos são bem-sucedidos?
Quando olhamos para a própria história, podemos sempre nos fortalecer. E quando identificamos que tem algo de pesado, ou que não funciona, podemos pedir permissão para fazer diferente. Isso exige humildade e coragem.
É imprescindível também expandir o olhar para o contexto familiar do seu parceiro.
Um relacionamento contém dois sistemas, ou seja, muitas pessoas.
Amar significa: eu me alegro com o outro e com o que ele traz.
E o outro também pode se alegrar comigo e com o que eu trago.
Quando tem laço de amor, quando tem o afeto e a pessoa não está confundida, passar por situações desafiadoras pode unir ainda mais.
Muitas vezes queremos que o parceiro supra as nossas necessidades. Isso é muito comum. Porém, quem deseja que o parceiro supra necessidades está, na realidade, “cobrando” os próprios pais.
Na relação de casal, a lei mais importante é a do EQUILÍBRIO DE TROCA.
Enquanto casal, tanto o homem quanto a mulher são iguais, equiparados.
Quando cada um consegue dar e tomar numa medida equilibrada, o amor cresce. O relacionamento floresce. Quando violamos essa lei, quando um dá mais do que o outro, aquele que “deve” tende a se retirar.
Outra lei importante é a ORDEM, ou a Hierarquia. E essa lei precisa ser considerada com atenção dos pais em relação aos filhos.
A relação do casal tem prioridade/precedência sobre a relação com os filhos. Se a relação do casal está bem, os filhos ficam bem também.
Com 5, 10, 15 ou 20 anos, os filhos não são mais bebês. É imprescindível que os pais tenham essa consciência, que considerem a ordem. Os filhos vão perdendo a importância e isso também faz parte. Nesse sentido de perder a importância, eu me refiro aos cuidados fundamentais que uma criança pequena exige.
Quando a mãe (ou o pai) coloca o filho como prioridade, o casamento tende a ruir.
Você pode fazer uma experiência. Perceba quem você prioriza. Perceba-se. Você vai se surpreender!! Pais felizes, filhos felizes!
O que contribui também para que o amor dê certo é cada um dos parceiros assumir uma postura de adulto e responsável. Um adulto autorresponsável não coloca nas mãos do parceiro a própria felicidade. Um adulto sabe o que quer, como quer e se dedica na relação para realmente dar certo.
Esse adulto responsável tem AMOR PRÓPRIO. E esse amor próprio precede a possibilidade de ser realmente amado.
Você se casaria com alguém como você? Se teu parceiro te amasse tanto quanto você se ama, você estaria satisfeito?
Nas suas relações, você valida ou viola o pertencimento, a ordem e o equilíbrio?
Eu te desafio a refletir sobre tudo isso.
Por Graciele Reimann Gatto