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Descrente das lotéricas, perfil do novo apostador brasileiro se liga a risco e diversão

Empresas de apostas esportivas foram regularizadas no final do ano passado no país; empresas investem em público jovem e conectado

Descrente das lotéricas, perfil do novo apostador brasileiro se liga a risco e diversão

Jogo do bicho, cassino, bingo, apostas em corridas de cavalo, loteria e apostas esportivas: não dá para negar que o brasileiro é um apostador por natureza. Embora nem todas as modalidades acima estejam ou sejam legalizadas no momento, é evidente que a fórmula aposta:Brasil é mais antiga do que parece.

“Diversificado” poderia ser o melhor adjetivo para o apostador brasileiro médio, asseguram os sites de apostas que atuam no mercado nacional. E ele está em constante mudança e expansão. Se há menos de uma década o mais comum era realizar uma aposta na Lotomania ou na Mega Sena, hoje se vê um cenário em que o dinheiro não é o único interesse dos apostadores.

É por essa razão que tem crescido o investimento em apostas esportivas. Tanto as casas de apostas como o Governo Federal têm percebido que o perfil do apostador brasileiro tem mudado. Ele está, talvez, mais interessado no divertimento, na adrenalina de ganhar dinheiro do que ganhar o dinheiro em si.

O apostador brasileiro das loterias: mais velho e de baixa renda

A loteria é a atividade de aposta legalizada mais comum no Brasil, além de ser também a mais antiga em funcionamento legal no país. Isso é facilmente observado ao se observar a fila das casas lotéricas, visto que é muito comum vermos muitos apostadores de idade avançada.

O apostador brasileiro não necessariamente possui um vício, portanto, mas sim um hábito que o acompanha durante toda a vida. Fazer uma “fezinha”, como os apostadores mais velhos costumam chamar suas apostas, é, portanto, um hábito quase religioso, parte do cotidiano.

Essas pessoas, além de idosas, são também de origem mais humilde. A maior motivação é ganhar dinheiro para “mudar de vida”. São indivíduos de baixa, renda, aposentados, que sempre batalharam muito, apesar da vida simples que levam.

As novas gerações de apostadores: diversão e gosto pelos riscos

Os novos apostadores brasileiros têm um perfil bastante diferente. Em muitos casos cresceram em famílias que tinham o hábito de realizar apostas em casas lotéricas, conhecendo, portanto, o significado e o compromisso que essa atividade representa.

O grande interesse do brasileiro apostador de hoje, no entanto, é outro. O foco é, claro, “mudar de vida” e ganhar dinheiro. Mas não só: quem realiza apostas esportivas, por exemplo, quer despertar uma série de experiências únicas, todas envolvendo a adrenalina, o gosto por correr riscos e a busca constante por diversão.

O brasileiro que aposta atualmente não tem, problema, portanto, em gastar dinheiro. Aliás, como hoje grande parte das apostas no geral são proibidas em território nacional, quem quer estar dentro da lei precisa apostar em sites hospedados no exterior. Ou seja: não se paga em Reais, mas sim em Dólares e em Euros.

Se quem aposta nas loterias é um público mais velho e majoritariamente masculino, os apostadores em corridas de cavalo e em outras apostas esportivas já é mais misto. Indivíduos dos 25 aos 50 anos, tanto homens como mulheres, aventuram-se nessas atividades.

O objetivo é o mesmo: divertir-se acima de tudo com um esporte que seja do seu agrado. Se possível, é claro, há o desejo de uma renda extra semanal. Mas extra mesmo, visto que esse público costuma ser composto por pessoas de um poder aquisitivo estável e médio para elevado.