O Laboratório Central do Estado (Lacen Paraná), recebeu quinta-feira (5) 10 kits para o diagnóstico do novo coronavírus, quantidade suficiente para a realização de 240 testes. Esses kits foram encomendados pelo Ministério da Saúde, para a FioCruz (Fundação Oswaldo Cruz) e o Instituto de Biologia Molecular do Paraná (IBMP).
A diretora técnica do Lacen Paraná, Irina Riediger, explica que, com isso, o diagnóstico poderá ser realizado nos laboratórios centrais de cada estado, sem a necessidade de enviar as amostras para avaliação em outros laboratórios.
MAIS RÁPIDO – A confirmação ou exclusão dos casos suspeitos, além de ser mais ágil, trará uma resposta mais rápida para a Saúde Pública e as autoridades de Vigilância Epidemiológica. “Uma vez que recebemos as amostras, liberamos os resultados da pesquisa de vírus respiratórios em até 48 horas.
Atualmente, as amostras de casos suspeitos precisam ser encaminhadas para a FioCruz, no Rio de Janeiro, o que entre trâmites burocráticos e deslocamento, envolve cerca de 24 horas, e só depois que as amostras são recebidas no Laboratório de Referência, são mais 72 horas de prazo para obter o resultado final”, explica Irina Riediger.
TREINAMENTO – O próximo passo para que a realização do teste para o novo coronavírus seja realizado pelo Lacen Paraná é o treinamento da equipe, que deve ser definido pelo Ministério da Saúde já na próxima semana. “Precisamos discutir com os especialistas do Rio de Janeiro todas as questões de interpretação e o uso desses reagentes para que possamos liberar os resultados com a melhor qualidade e segurança possível para a população. Acredito que até o final do mês esses exames já sejam realizados pelo Paraná”, informa a diretora do Lacen Paraná.
DIAGNÓSTICO – Atualmente, o Lacen Paraná analisa as amostras de casos suspeitos coletadas em todo Estado e realiza a pesquisa de 20 vírus causadores de infecções respiratórias. Os casos suspeitos que tenham resultados negativos nessa pesquisa inicial são enviados para avaliação no Laboratório de Referência, na Fiocruz, no Rio de Janeiro para análise específica sobre do novo coronavírus.
Segundo a diretora Irina Riediger, o processo de diagnóstico seguirá o mesmo fluxo já realizado pelo Lacen Paraná, com alteração somente do local em que os testes são feitos. Ela enfatiza que nem todas as amostras passarão pela pesquisa do novo coronavírus.
O teste para o diagnóstico não será feito para todas as amostras recebidas aqui no laboratório, e sim para aqueles casos suspeitos que são determinados pelas autoridades de Vigilância Epidemiológicas da Secretaria Estadual de Saúde.