Saúde

Deficiência de vitamina D3 pode levar à depressão

A dieta pode contribuir para absorção, mas são poucos os alimentos que contêm quantidades expressivas ao que correspondem de 10% a 20% da necessidade diária.

Deficiência de vitamina D3 pode levar à depressão

Fragilidade óssea, asma, artrite reumatoide, pressão alta, osteoporose, fraqueza muscular, depressão, problemas cardiovasculares, tumores e enfermidades imunológicas e infecciosas. Essas são algumas consequências da insuficiência da Vitamina D3 no organismo.

A dieta pode contribuir para absorção, mas são poucos os alimentos que contêm quantidades expressivas ao que correspondem de 10% a 20% da necessidade diária. O restante deve ser obtido pela exposição solar durante 15 minutos ao meio-dia sem filtro solar ou pelo uso de suplementos.

“O genoma humano tem aproximadamente 23 mil genes funcionais e a vitamina D3 age em pelo menos 10% desses genes, isso quer dizer que podemos tratar com essa substância ou o colecalciferol aproximadamente 10% de todos os problemas de saúde ou das doenças metabólicas”, explica o médico ortopedista e traumatologista Joaquim Reichmann.

A vitamina D3 também auxilia na absorção do cálcio pelo intestino, que posteriormente faz o trajeto até os ossos e os dentes. Dessa maneira, a vitamina consegue atuar como epigenome nutrigenético, ou seja, através da alimentação é possível inibir ou acelerar a função da produção de uma proteína pelos genes.

Conforme Reichmann, grande parte da população brasileira é deficitária em vitamina D3, por isso a orientação para pessoas com a pele de característica intermediária é permanecer por 15 minutos ao sol durante o meio-dia sem usar o filtro solar. “Após essa exposição o indivíduo não deve tomar banho nas próximas duas horas, no máximo uma ducha rápida e sem a utilização de sabonete. Deve-se fazer isso porque a vitamina D3 é produzida na pele e demora um pouco para ser absorvida”, orienta o médico.

Há seis tipos básicos de pele na população (de branca a negra), sendo que quanto mais escura maior o tempo para exposição solar porque a pele é insensível ao sol.

O médico explica que muitas vezes é difícil tomar sol de maneira regular (de quatro a cinco vezes por semana) por inúmeros fatores, como afazeres cotidianos, compromissos profissionais e até condições climáticas. “Os pacientes que têm níveis muito baixos de vitamina D3 precisam fazer a suplementação com mineral, pois em crianças ocorre o raquitismo [mineralização insuficiente dos ossos] e em adultos e idosos acontece a osteomalácia [amolecimento dos ossos devido à mineralização anormal e carência de vitamina D]. Essa substância é tão importante e fundamental para realizar inúmeras reações bioquímicas relacionadas aos ossos e outros órgãos internos como intestino e rins”, complementou.

Devem ficar atentos ao déficit da vitamina D3 pessoas acima dos 60 anos; que sofrem quedas e fraturas recorrentes; gestantes e lactantes; indivíduos com osteoporose e doenças osteometabólicas; portadores de doença renal crônica; pacientes com má absorção de nutrientes ou que fizeram cirurgia bariátrica; pacientes com câncer; presença de sarcopenia (perda de massa e força muscular); diabéticos; e pacientes com insuficiência cardíaca.