Saúde

Cascavel sem Hospital de Campanha

A Prefeitura de Cascavel irá se organizar internamente para dar o atendimento necessário a esses casos, inclusive com possibilidade de ampliação de leitos exclusivos no Hospital do Coração.

Cascavel sem Hospital de Campanha

Reportagem: Cláudia Neis

Anunciado há dez dias, Cascavel não terá mais Hospital de Campanha para pacientes de dengue e covid-19. A decisão foi tomada após reunião da subcomissão do COE (Centro de Operações de Emergências), ontem (19), que deliberou que a ocupação da Ala de Queimados do HU (Hospital Universitário) de Cascavel para tratar pacientes de dengue não é mais prudente.

Assim, a Prefeitura de Cascavel irá se organizar internamente para dar o atendimento necessário a esses casos, inclusive com possibilidade de ampliação de leitos exclusivos no Hospital do Coração.

30 leitos de UTI

Mas a Ala de Queimados deve, sim, ser utilizada. O reitor da Unioeste (Universidade Estadual do Oeste do Paraná), Alexandre Webber, já negocia com a Sesa (Secretaria de Estado da Saúde) a ampliação de leitos do HU no espaço. “Estamos em tratativas com o Estado e serão abertos no local aproximadamente 30 leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) para tratamento de pacientes do covid-19. Ainda estamos discutindo como deve ocorrer e como serão contratados os funcionários que atuarão no local”, antecipa Alexandre.

Segundo ele, já foi autorizada a compra de materiais para reforçar o estoque do hospital e providencia melhorias no acesso. “Negociamos com a construtora do Pronto-Socorro a liberação de mais uma parte que dá acesso a uma rampa que melhora o fluxo dentro do hospital, isso deve ser feito até esta sexta-feira (20)”, complementa o reitor.


Hidroxicloroquina: após anúncio dos EUA, medicamento esgota em duas horas

 

Cascavel – No início da tarde dessa quinta-feira (19), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou que as drogas hidroxicloroquina e remdesivir podem ter bons resultados contra o novo coronavírus, com base em um estudo feito na China, e que a hidroxicloroquina já é usada no tratamento de malária e que também vem sendo experimentada contra o novo coronavírus na França. O anúncio deu a entender que os medicamentos poderiam ser a cura para o novo coronavírus.

Duas horas depois do anúncio, o medicamento hidroxicloroquina se esgotou em uma rede de farmácias que tem 19 lojas em Cascavel. A média de venda é de 15 caixas por mês, e a rede vendeu todas as 52 em cerca de duas horas.

E o movimento não foi localizado. A tentativa de nova compra da indústria também foi frustrada pela rede, pois não havia mais substância disponível no fabricante.

O medicamento é vendido sem receita e a caixa com 30 comprimidos custa cerca de R$ 90.

O produto

A hidroxicloroquina é um remédio indicado para tratamento da artrite reumatoide, lúpus eritematoso, afecções dermatológicas e reumáticas e também para o tratamento da malária.

O medicamento deve ser utilizado apenas com prescrição médica e é contraindicado para quem possui: hipersensibilidade a derivados da 4-aminoquinolina; alteração na retina ou no campo visual e também não deve ser consumido por crianças abaixo de seis anos. O uso de substância desconhecida e sem prescrição pode trazer sérios riscos à saúde de qualquer pessoa.