Saúde

Ações reforçadas para não perder nenhuma vacina contra a Covid

O secretário disse que estão tendo que fazer este tipo de estratégia para chamar a atenção da população para importância da imunização

O Distrito Federal começou a vacinar pessoas com 49 anos a partir de hoje. A vacinação contra a Covid-19 começou no dia 19 de janeiro e o DF já  recebeu 1.455.070 doses de imunizantes.
O Distrito Federal começou a vacinar pessoas com 49 anos a partir de hoje. A vacinação contra a Covid-19 começou no dia 19 de janeiro e o DF já recebeu 1.455.070 doses de imunizantes.

Cascavel – Pela a segunda vez em menos de um mês, a Secretaria Municipal de Saúde de Cascavel estuda ações para imunizar a população e não perder vacinas que estão próximas do prazo de validade. De acordo com o secretário de Saúde de Cascavel, Miroslau Bailak, são pelo menos cinco mil vacinas que estão com o vencimento se aproximando, todas da Pfizer. “Estamos estudando estender vacinação noturna já nesta sexta-feira (10) e ainda colocar o reforço pelo Comboio da Saúde durante este fim de semana”, disse o secretário.

O secretário disse que estão tendo que fazer este tipo de estratégia para chamar a atenção da população para importância da imunização. No fim do mês passado a secretaria já havia realizado a “Black Friday da Vacina” e conseguiu, em poucos dias utilizar cerca de 10 mil vacinas que também estavam terminando o prazo de validade. A cidade atingiu a marca de meio milhão de doses aplicadas nas três doses, representando mais de 100% dos grupos prioritários com a primeira dose ou dose única.

 

“Fator modificador”

Na quinta-feira (9), Cascavel completou duas semanas sem nenhum registro de óbito pela Covid-19. Por outro lado, existem ainda cerca de 12 mil pessoas que já poderiam ter tomado a dose de reforço, mas ainda não procuraram as unidades de saúde. O diretor técnico do Samu Regional Oeste do Paraná, o médico Rodrigo Nicácio, voltou a afirmar que é muito importante as pessoas estejam imunizadas já que a vacinação foi o principal “fator modificador” da evolução da pandemia. “Desde que o processo iniciou em janeiro, alcançamos melhores resultados no segundo semestre após vacinação de grande percentual populacional e desenvolvimento de anticorpos nas pessoas”, salientou.

Ele salientou que não estar devidamente vacinado significa risco maior de evolução grave da doença, com necessidade de internamento e até óbito, como mostram os números. “Os dados de elevado percentual de óbito entre os não vacinados ou com esquema ainda incompleto, só ratificam a necessidade de seguirmos vacinando, sobretudo para evitarmos termos tanta gente com padrão vacinal diferente, o que predispõe ao surgimento de variantes”, alertou.

Dados do Ministério da Saúde indicam queda na taxa de internações e de mortes pela Covid-19 em meio ao aumento da vacinação no país. Ontem, segundo a pasta, o Brasil registrou redução de quase 15% na média móvel de óbitos em relação há 14 dias.

 

Seis meses

A OMS (Organização Mundial da Saúde) confirmou ontem (9) que a duração da imunização dada pelas vacinas contra a Covid-19 é de seis meses. A estimativa foi por meio do cruzamento de vários estudos já realizados. Kate O’bryan, especialista em vacinas da OMS, explicou que a proteção de até seis meses não desaparece completamente depois desse período, mas que durante meio ano, o risco de doença grave, internação ou morte diminui drasticamente, e que o risco de infecção por covid-19 é baixo durante seis meses após a aplicação da vacina.

 

Ômicron

Em nota, ontem (9), a OMS informou que o número de casos de Covid-19 na África quase duplicou em uma semana, mas salientou que “há sinais de esperança”, já que o número de hospitalizações se mantém baixo.

A OMS adiantou que a investigação está sendo intensificada para determinar se a variante Ômicron é responsável pelo número de casos na África. Houve mais 107 mil casos na última semana, quase o dobro dos 55 mil da semana anterior. A OMS destaca, no entanto, que o aumento de casos não parece ter uma correspondência com o número de hospitalizações, o que permite antever que apesar de muito contagiosa, a variante Ômicron não é mais perigosa que as anteriores.

“Os dados que estamos recebendo da África do Sul indicam que a Ômicron pode causar uma doença menos severa”, já que o número de hospitalizações está em 6,3%, “o que é muito baixo comparado com o mesmo período, quando o país enfrentava o pico da variante. Delta, em julho”, diz a organização.

 

Mais 2,2 milhões de doses da Janssen

 

Novos lotes da vacina contra a Covid-19 da farmacêutica Janssen chegaram quinta-feira (9) ao Brasil. De acordo com o Ministério da Saúde, são 2,2 milhões de doses do imunizante, que utiliza o vírus modificado para estimular o organismo humano a produzir anticorpos contra a doença. A partir do desembarque, os insumos passam por um rigoroso processo de análise de qualidade e, em seguida, são distribuídos aos estados e municípios “de maneira igualitária e proporcional”, informou o ministério. Das 380 milhões de doses distribuídas em todo o país, cerca de 6 milhões são da Janssen.

 

Vacinação nos aeroportos

Também na quinta-feira (9), o Ministério da Saúde informou que os aeroportos de Brasília, de Guarulhos, em São Paulo, e do Galeão, no Rio de Janeiro, terão postos de vacinação contra a covid-19. Os serviços começam a funcionar na próxima segunda-feira (13).   O anúncio foi feito no mesmo dia em que foram publicadas as novas regras para a entrada de viajantes no país. A portaria interministerial estabelece a exigência de quarentena de cinco dias para não vacinados que queiram entrar no Brasil. Segundo o secretário executivo da pasta, Rodrigo Cruz, os aeroportos de Brasília, de Guarulhos e do Galeão são os que respondem pelo maior volume de passageiros internacionais. A ideia é que o posto de vacinação esteja em funcionamento sobretudo nos horários de maior movimento dos terminais.