A Comissão de Viação, Obras Públicas e Urbanismo da Câmara de Cascavel entregou no final da tarde sexta-feira (2), relatório dando parecer favorável ao projeto do Novo Plano Diretor de Cascavel. O “polêmico” projeto já entrou na pauta da sessão ordinária da próxima segunda–feira (5). Em debate na comissão há quase um mês, o polêmico projeto aumenta em mais de 60% o perímetro urbano de Cascavel.
Além disso, o projeto prevê a redução no tamanho dos terrenos comercializados em Cascavel.
Sem consenso
O vereador Edson de Souza (MDB) afirmou que não existe consenso dos parlamentares em todos os pontos e que emendas deverão ser apresentadas aos projetos. “Não há consenso em todos os pontos e nestes, onde existem divergências, serão apresentadas emendas a fim de encontrarmos os melhores caminhos para o crescimento de Cascavel”.
O parlamentar argumenta que a comissão realizou um trabalho com responsabilidade com o objetivo de não atrasar o desenvolvimento de Cascavel. “Fizemos um trabalho com muita responsabilidade, para entregarmos um projeto que não atrase o desenvolvimento de Cascavel, mas que atenda a população de maneira satisfatória”.
A previsão é de que sejam apresentadas até dez emendas ao projeto, inclusive, referente ao tamanho dos lotes.
Polêmicas
Além disso, entre as principais controvérsias que envolvem a tramitação do projeto está o empresário Francisco Simeão, idealizador de um empreendimento de 6 mil apartamentos em Cascavel que serão construídos justamente na maior área da expansão do Plano Diretor, na região oeste na cidade, entre as rodovias BR-277 e BR-163.
Chico Simeão chegou a ser convidado pelos vereadores titulares da comissão para prestar esclarecimentos por conta de uma entrevista a um podcast da Catve, onde o empresário afirmou que ajudaria financeiramente na campanha de alguns vereadores de Cascavel. A situação tomou proporções que quase saíram do controle, contudo, o empresário conseguiu “convencer” os vereadores de que as afirmações seriam “infelizes”.
Paralelo à circunstância do empresário na Câmara, ocorre uma investigação da Divisão de Combate à Corrupção da Polícia Civil, que apura a suposta tentativa de corrupção ativa.
Serginho fora
Outra situação que ocorreu na comissão durante o trâmite do projeto, foi a saída do vereador Serginho Ribeiro (PDT) da Comissão de Obras. O vereador havia solicitado a saída no início do mês de maio, contudo, a resposta veio apenas depois do vereador indicar que votaria contra o parecer do projeto.
O presidente da Câmara, vereador Alécio Espínola (PDC), formalizou a troca de Serginho que teve seu lugar na comissão ocupado pelo vereador Soldado Jeferson (PV).