Política

Cidades se unem para recuperar estradas rurais e destino de lixo

Estratégia articulada pelos gestores públicos supre a deficiência deixada pela União e pelo Estado

Nova Aurora – Prestes a mais uma grave crise financeira em virtude da redução de arrecadação tributária e repasses insuficientes dos governos federal e estadual, os gestores públicos municipais articulam medidas que visam manter serviços essenciais para evitar um colapso à população.

Não bastasse a complementação de consultas e tratamentos obrigatórios pelo SUS (Sistema Único de Saúde), mas que são ignorados pela União, agora as prefeituras da região oeste do Paraná se articulam para obter verbas, doações e parcerias com entidades para garantir melhorias em estradas rurais, treinamentos de servidores e até criação de estruturas para tratamento e destinação de lixo.

O esforço dos prefeitos é para suprir a demanda regional por obras, visto que a destinação é significativa à União, no entanto, o retorno em obras, investimentos e serviços é a contagotas – e tende a piorar devido à turbulência política e econômica do País.

Na região oeste do Estado, o mais novo grupo montado é o Consórcio Piquiri, integrado pelos municípios de Nova Aurora, Cafelândia, Anahy, Braganey, Corbélia, Formosa do Oeste, Iguatu, Iracema do Oeste e Jesuítas. “É um caminho necessário para garantir serviços aos moradores, pois oferece menor custo aos municípios e viabiliza as obras necessárias”, diz o prefeito de Cafelândia, Estanislau Mateus Franus (MDB).

Já articulado há oito anos, o Consórcio Piquiri teve a ativação completada agora pela necessidade de novos serviços e a disponibilidade de entidades público e privadas em oferecer parcerias: o primeiro convênio vislumbrado pelos prefeitos é com a Itaipu Binacional, que vai oferecer aos consorciados uma máquina para recuperação de asfalto. “Cada município terá direito a recuperação de quatro quilômetros de estradas rurais, que possuem pavimentação poliédrica. Pretendemos, no futuro, expandir essa parceria para realização de reparos na parte urbana”, explica o prefeito de Nova Aurora, Pedro Leandro Neto (MDB).

Urbano

O equipamento da usina móvel de pavimentação tem um custo estimado de R$ 2,4 milhões e cada município terá de repassar R$ 4,8 mil para a compra dos materiais. Também será de responsabilidade das prefeituras a mão de obra.

Em Nova Aurora, a prefeitura já planeja obras mais expressivas com o maquinário, como a pavimentação entre as comunidades de Palmitópolis e Marajó – trecho que possui muitos buracos e tem alto custo de manutenção pelo poder público. A parceria é considerada uma estratégia para economizar aos cofres públicos, visto que em vez da contratação de uma empresa por meio de processo licitatório, o consórcio poderá concretizar o serviço. “Pretendemos finalizar essa semana todos os tramites para esse mês assinarmos o convênio com a Itaipu e assim termos o equipamento liberado”, explica Neto.