Por: Dilceu Sperafico
Independentemente de pressões internas e externas, especialmente de organizações não governamentais (ONGS), ambientalistas radicais e agentes públicos desinformados, o agronegócio brasileiro vem enfrentando e vencendo o desafio de aumentar, diversificar, sanear e qualificar os alimentos produzidos, sem devastar ou contaminar os recursos naturais.
Conscientes da importância e responsabilidades de suas atividades, os produtores e/ou trabalhadores rurais brasileiros têm conseguido conciliar a atividade produtiva com a preservação ambiental.
Fazem isso elevando a produtividade de lavouras e criações, sem aderir ao modelo expansionista irresponsável, conscientes do que representa ameaça econômica e ambiental, como demonstra a recente repercussão de informações sobre queimadas na Amazônia Brasileira.
Mesmo convictos que não foram agricultores os responsáveis por incêndios criminosos em florestas, sejam na Amazônia, na Austrália, na Espanha e/ou nos Estados Unidos, a destruição de flora e fauna nativas dessas regiões serviu como mais um alerta ao agronegócio brasileiro.
Menos mal que, no Brasil, os produtores realmente com tradição, vocação, conhecimentos e domínio de tecnologias para o exercício da atividade rural, são conscientes de riscos de investimentos em negócio a céu aberto e exposto às adversidades climáticas, além das oscilações do mercado globalizado e exigências de consumidores, nacionais e internacionais.
Além disso, como todos sabemos, o agronegócio sempre assume suas responsabilidades, importância e contribuição fundamentais ao desempenho da economia brasileira e fornecimento de alimentos com qualidade, sanidade e diversidade, a importadores, distribuidores, comerciantes e consumidores, do País e do exterior.
Convictos dessa realidade, os produtores enfrentam a pressão ambientalista nacional e internacional, encontrando meios para aumentar a produção agropecuária sem descuidar da preservação do meio ambiente, até porque o desenvolvimento de plantas e crescimento de animais depende de condições climáticas favoráveis.
Prova disso é que dirigentes e especialistas de grandes empresas do setor agropecuário ressaltam que a expansão do setor só depende do aumento da produtividade, sem a necessidade de derrubada de uma só árvore das florestas nacionais, especialmente da Amazônia, pois, além de já ser um dos maiores celeiros do planeta, o País dispõe de centenas de milhões de hectares cultivados com pastagens, para a produção de carne, leite e derivados e que também podem gerar grãos, frutas e outros alimentos.
Conforme especialistas, o agronegócio brasileiro vem alcançando melhorias progressivas nos índices de produtividade, com a média de crescimento de 3,5% ao ano desse indicador, o que confirma tendência altamente positiva da expansão da produção através do incremento tecnológico, sem a necessidade de ocupar novas áreas de terras.
Tanto que o rendimento de lavouras de grãos do Brasil está bem próximo da produtividade de culturas similares dos Estados Unidos e outros países com grande produção de alimentos, além de alcançar qualidade singular, como resultado de pesquisas e administração moderna.
Na safra 2018/2019, por exemplo, a produtividade média da lavoura de soja brasileira chegou a 3,2 toneladas por hectare, enquanto nos Estados Unidos atingiu o índice de 3,5, em ano de clima extremamente favorável.
Dilceu Sperafico é ex-deputado federal pelo Paraná e ex-chefe da Casa Civil do Governo do Estado – [email protected]