Um pouco mais tarde do que o previsto mas muito ansiada por todos os brasileiros, a economia vai dando seus sinais de recuperação. Massacrada pela pesada e cada vez mais cara máquina pública, pela falta de reformas necessárias e por contratempos como greve dos caminhoneiros e guerra comercial mundial, a economia vai emergindo para fora do poço.
Os dados da geração de empregos formais são um importante indicador e que merecem, sim, serem comemorados.
Claro que ainda restam quase 13 milhões de trabalhadores com suas carteiras ociosas, mas o movimento positivo tem significativo poder de girar toda a economia.
Um passo de cada vez. Ao que tudo indica, aos poucos vamos deixando para trás o breu de uma das mais intensas crises econômicas. A roda voltou a girar e o ciclo virtuoso pode ser retomado.
Contudo, cautela é importante. Não há nada que indique que aprendemos a lição. As reformas não foram feitas, há ameaças de retroceder naquelas já aprovadas e tudo ainda é uma incógnita a partir de janeiro de 2019.
O crescimento é frágil e pode ser apenas uma reacomodação do mercado, que vinha deficitário durante tempo demais. Um ajuste temporário que, sem as condições adequadas, pode virar fumaça no curto prazo.
Apesar disso, a esperança é importante. A confiança tem impactos significativos em toda a economia e é um fator que merece destaque.
Se a roda continuar a girar, mesmo que ainda vagarosamente, aumentam as chances de voltarmos a ver a luz no fim do túnel, que já ficou escuro por tempo demais.