Opinião

Coluna Juliano Gazola: Sacrifícios

Coluna Juliano Gazola: Sacrifícios

Nossa passagem por aqui requer muitos sacrifícios. E muitos, passamos décadas fugindo e elaborando milhares de desculpas para não os enfrentar.

Na minha opinião, um dos grandes exemplos, está no exercício da alimentação.

Estamos na primeira semana pós- carnaval, que para milhões de cristãos significa a preparação para celebrar a vitória de Cristo, brilhantemente narrada nos evangelhos.

A preparação está concentrada no jejum, caridade e orações.

Emagrecer, estou certo de que muitas pessoas querem e até buscam os exercícios e servir.

Mas enfrentam problemas para se controlar em frente a um pudim.

Enfrentar uma fome insuportável, acima de qualquer força humana não é o que me refiro, apenas sobre enfrentar o desconforto.

E isto, é essencial para qualquer pessoa madura.

Se você, com motivos decentes, não tem a capacidade de dar prioridade para bons alimentos no lugar de doces, sacrifica seu bem-estar físico e espiritual para satisfazer o gostinho do sabor, como de verdade você irá fazer sacrifícios a Deus e ao próximo?

Os números que iremos ganhar na balança, a facilidade na dieta, a roupa que irá servir de fato são motivos bem consideráveis, contudo devemos nos dar conta que cumprindo estes desafios, iremos adquirir a temperança.

Ao suportarmos o desconforto da fome, conquistaremos pré-requisitos para suportar desconfortos maiores, as famosas expiações da vida.

Amadurecer a boa e o estômago são determinantes para o processo de fortalecimento do corpo e do espirito, dois dos três pilares que a Bioliderança sustenta.

Desafiador, mas comer bem traz inúmeros benefícios. Disposição para atividades físicas e intelectuais são dois ótimos exemplos.

Um melhor corpo e ainda mais bonito serão testemunhas da sua disciplina. Contudo, muita gente apesar dos benefícios, ainda come mal.

A realidade nos consome e bate cada vez mais forte, quando percebemos que escolher comer mal, mostra uma verdade dura. A inexistência em você de virtude. Putz….eu nunca pensei desta maneira.

Os problemas físicos de comer mal, são notórios. No entanto, devemos somar que esta prática nociva, traz problemas espirituais também.

Haverá no seu dia-a-dia menos força para resistir as mais variadas tentações materiais que a terra oferece, porque, antes, você não soube fechar a sua boca.

Quando você sente fome, já possui noção do que comer de forma saudável ou parte logo para o macarrão instantâneo, doces e sorvetes no almoço e janta?

Por quanto tempo você suporta a fome? Leva numa boa ou é como um chamado emergencial, que precisa ser logo resolvido?

Você dá conta de comer o que não gosta, sendo bom para você? Ou só come saudável se primeiro você gostar?

O que você pensa sobre dieta? É uma reeducação alimentar, lhe dá temperança e te livra de dietas temporárias? Ou é algo que exige muito esforço para satisfazer a opinião alheia?

Você resiste a um belo e delicioso pudim?  A resistência incrivelmente lhe traz maturidade, coloca as motivações na balança.

O que você ganha com os sacrifícios? Certamente a autoconfiança, a superação do desconforto, mais autocontrole e finalmente aumenta sua temperança. “Melhor é o homem paciente do que o guerreiro, mais vale controlar o seu espírito do que conquistar uma cidade”.